INTRODUÇÃO: Atualmente, verifica-se um grande aumento no número de obesos, inclusive entre a população jovem, sobretudo em decorrência de mudanças no estilo de vida e nos hábitos alimentares. Além disso, a obesidade central está fortemente correlacionada com fatores de risco metabólicos, constituindo assim uma importante fonte de preocupação para todos os profissionais da área da saúde. OBJETIVO: Analisar a circunferência abdominal dos adolescentes escolares de instituições públicas piauienses. METODOLOGIA: Estudo descritivo, transversal e quantitativo realizado em três escolas públicas de Picos - PI, com 212 adolescentes com idade entre 11 e 19 anos de ambos os sexos. A coleta dos dados foi realizada através de um formulário nos meses de agosto de 2010 a março de 2012. Foram atendidas as exigências das Diretrizes e Normas da pesquisa com Seres Humanos. RESULTADOS: A amostra foi composta na sua maioria por mulheres (59,9%), adolescentes na faixa etária de 11 a 14 anos (62,7%), alunos do ensino fundamental (78,8%), com renda familiar de zero a dois salários mínimos (84,9%) e que residiam com os pais (86,3%). O valor da Circunferência Abdominal (CA) alterada foi evidenciado em 19,3% dos estudantes pesquisados, com média 73,04 cm para o sexo feminino e de 71,57 cm para o sexo masculino. A prevalência de obesidade abdominal foi de 26% entre o sexo feminino, de 21,5% na faixa etária de 15 a 19 anos, de 29,4% entre os estudantes que cursavam a Educação para Jovens e Adultos, de 50% entre os alunos que vivem em famílias com renda mensal de 5 a 6 salários mínimos e de 23,1% entre aqueles que moram com os avós. CONCLUSÃO: Esses resultados reforçam a pertinência de se realizar ações de prevenção e controle do excesso de gordura corporal a fim de que a saúde de crianças e adolescentes seja mantida, na tentativa de evitar o desenvolvimento de doenças crônicas e seus prejuízos na fase adulta. Nesse contexto, estratégias como reeducação alimentar e estímulo para o aumento da atividade física podem demonstrar bastante eficácia.