Resumo: Introdução: A inserção desse dispositivo para os pacientes representa parte essencial do tratamento oncológico, pois muitas vezes é a única via de acesso da medicação quimioterápica. Todo o processo, desde a escolha do cateter, pré-operatório, e pós-operatório deve ser cercado de cuidados. O manuseio desse tipo de cateter exige conhecimentos técnicos e científicos. Os artigos 17º e 18º do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem estabelecem que os cuidados de enfermagem privativos ao enfermeiro são aqueles de maior complexidade técnica, que exigem conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas. Desta forma, torna-se possível inferir que a responsabilidade pela manipulação do CVCTI deve ser restrita ao enfermeiro. Objetivo: identificar a importâcia da enfermagem sobre o manuseio do cateter venoso central totalmente implantável em pacientes com câncer. Metodologia: O estudo é uma revisão bibliográfica, realizada no período de março a maio de 2012, na qual foram consultados livros, periódicos e artigos. Resultados: O conhecimento produzido pela enfermagem está direcionado a complicações inerentes ao uso, manuseio, percepção do paciente em relação ao cateter e informações ao cliente. A infecção é a mais frequente complicação. Pode ocorrer tanto na loja subcutânea, na qual o cateter está instalado, quanto ao longo do túnel subcutâneo onde esse está inserido, colocando o paciente em risco de sepse. O manuseio e a realização do curativo são de responsabilidade do enfermeiro. As orientações devem ser fornecidas pelos enfermeiros no pré-operatório, incluindo informações relativas a definição do cateter, sua forma de implantação, os cuidados para manutenção e as possíveis complicações. As principais queixas dos pacientes estão voltadas ao desconforto durante a inserção da agulha. Foi relatada a ansiedade durante a punção e a diferença percebida por eles no momento da punção do cateter, evidenciando que a sensação dolorosa é menor quando puncionados por enfermeiros. Conclusão: Os achados apresentados por este estudo evidenciam a complexidade que envolve a assistência de enfermagem, principalmente em pacientes oncológicos. Portanto, executar corretamente a técnica de manuseio, bem como saber identificar, prevenir e tratar complicações devem ser consideradas as práticas clínicas essenciais para o enfermeiro, contribuindo, assim, para a melhor vida útil do dispositivo e qualidade de vida do usuário.