O crescimento da população idosa no Brasil vem acompanhado da transição epidemiológica, com predomínio de doenças crônico-degenerativas altamente incapacitantes, o que representa crescente e profundo impacto em todos os âmbitos da sociedade, sendo maior no setor saúde. Este relato de experiência faz referência ao estágio curricular vivenciado por acadêmicas do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Uberlândia em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI). O estágio teve como objetivo promover o convívio entre alunos e idosos institucionalizados, permitindo relacionar o aprendizado teórico-prático com os processos de senescência e senilidade e o desenvolvimento de atividades que promoveram a interação do aluno-idoso-equipe. As atividades foram desenvolvidas com moradores de duas ILPIs filantrópicas, de ambos os sexos, com idade superior a 65 anos, em Uberlândia/MG, no período vespertino, entre os meses de agosto e dezembro de 2011. Em um primeiro momento as acadêmicas conheceram a estrutura física da ILPI, seguida pela apresentação dos moradores. Durante os encontros aconteceram apresentações de artigos científicos relacionados a situações específicas vivenciadas em ILPIs e que muitas vezes levam a dependência. Após as discussões dos artigos as acadêmicas identificaram atividades, relacionadas ao assunto, que poderiam incentivar a manutenção da capacidade funcional e às desenvolveram com os moradores, o que proporcionou a manutenção das habilidades motoras e da função sensorial-cognitiva dos mesmos; também foi realizada capacitação com os funcionários dos setores sobre os Gigantes da Geriatria, o quanto são incapacitantes e como tentar evitá-los. As acadêmicas de Enfermagem tiveram a oportunidade ímpar de interação com idosos institucionalizados, vivenciaram os processos de senescência e senilidade, aplicaram a teoria na prática, promoveram atividades em grupo, o que proporcionou socialização entre os moradores da ILPI gerando melhoria no grau de satisfação e convivência. Concluímos que a inserção das acadêmicas no campo da prática permitiu conhecer a realidade de uma ILPI e suas dificuldades cotidianas, a valorização do morador, bem como melhor compreensão da teoria da Saúde do Idoso. Percebemos que a equipe de saúde multiprofissional representa papel importante para a saúde da pessoa idosa, na constante atenção ao seu bem-estar, à sua rotina funcional e à sua inserção familiar e social.