Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
INFECÇÕES EM CIRURGIAS CARDÍACAS: FATORES E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
Relatoria:
JANDESSON MENDES COQUEIRO
Autores:
- Vívian Baracho Correia
- José Milton de Sena Filho
- PAULA SOUZA SANTOS
- Paula Aparecida Soriano de Souza Jesuíno Rodrigue
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Infecção em cirurgia é resultado da invasão, multiplicação, atividade metabólica e consequentes efeitos fisiopatológicos de microrganismos sobre os tecidos de um indivíduo. Sua incidência é afetada pelo grau de contaminação da ferida, a técnica operatória empregada e os materiais de síntese utilizados. A cirurgia cardíaca, na maioria dos casos, é uma cirurgia limpa e com taxa de complicações infecciosas baixas, porém, quando estas ocorrem, contribuem para uma evolução desfavorável dos pacientes, aumentando sua permanência hospitalar em até 30 dias e altos índices de mortalidade. Este trabalho teve por objetivo discutir fatores que predispõe à infecção em cirurgia cardíaca, consequências e intervenções aos pacientes acometidos. Trata-se de um estudo de revisão descritiva da produção científica indexada na base de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO). Foram consideradas publicações relacionadas a infecções em cirurgias cardíacas, com a combinação das seguintes palavras-chaves: infecção cirúrgica, cirurgia cardíaca e cuidados pós-operatórios. Foram analisados 5 artigos com período de publicação de 2002 à 2011. Quanto aos resultados, os estudos relevam que existe um aumento das infecções em cirurgias cardíacas e apesar de ser uma cirurgia limpa, os estudos apontam a importância do uso de antimicrobianos profiláticos no pré-operatório. Os principais patógenos que causaram infecção Staphylococcus coagulase-negativo e S. aureus, apresentando como principais sintomas dor, eritema, calor, drenagem de secreções, endurecimento das incisões e febre que se iniciam no terceiro ou quarto dia de pós-operatório. A mediastinite ainda é grande preocupação no pós-operatório, pela dificuldade em se evitá-la e apesar da sepse ser uma complicação rara, pode provocar resultados catastróficos. As intervenções de tratamento demonstram a importância da lavagem das mãos e preparação adequada da pele com o uso de PVPI dergemante e uma vez a infecção instalada, deve-se pesquisar o agente etiológico, realizar técnica estéril de manuseio da ferida e uso de curativos industrializados. Diante disso, conclui-se que as infecções pós-cirurgias cardíacas configuram complicações importantes e bastantes temidas pela equipe de saúde. É preciso condutas de prevenção médicas e de enfermagem desde o pré até o pós-cirurgico. Devido à escassez de pesquisas tem-se a necessidade de mais estudos para a consolidação do conhecimento e promoção do cuidado.