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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
PERCEPÇÃO DE EQUIPES DE ENFERMAGEM ATUANTES EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA SOBRE RISCOS OCUPACIONAIS
Relatoria:
MANUELLA CARVALHO FEITOSA
Autores:
  • GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • ILLOMA ROSSANY LIMA LEITE
  • SARAH MARIA MELO CORDEIRO
  • CINARA MARIA FEITOSA BELEZA
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A saúde dos profissionais de enfermagem tem sido tema bastante discutido devido a sua relevância e consequências na qualidade dos cuidados prestados. Os profissionais atuantes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estão expostos a riscos que podem ser de origem biológica, química e física, além das situações anti-ergonômicas e dos riscos de acidentes. OBJETIVO: Identificar riscos ocupacionais à saúde de profissionais de enfermagem atuantes em UTIs, segundo relato dos trabalhadores. MÉTODOS: Estudo descritivo com abordagem quantitativa realizado com 64 profissionais de enfermagem atuantes em duas UTIs de um hospital público de grande porte de Teresina-PI, em setembro de 2011. Foi utilizado um questionário contendo perguntas referentes ao processo de trabalho e a saúde dos profissionais. A pesquisa obedeceu a todos os preceitos éticos, sendo aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com CAAE (Certificado de Apresentação para Apreciação Ética) nº 0115.0.045.000-11. RESULTADOS: Os riscos mais relatados foram os ergonômicos, apontados 25 vezes (43,8%) pelos profissionais de enfermagem, seguido dos riscos biológicos, que foram relatados 22 vezes (38,6%). Foram percebidos, ainda, riscos de acidentes, 7 vezes (12,3%), e riscos físicos, 3 vezes (5,3%), apontados principalmente pelo trabalho envolvendo instrumentais perfuro-cortantes, pela iluminação inadequada do ambiente, além da percepção de ruídos excessivos. Os riscos químicos não foram relatados pelos profissionais de enfermagem, o que demonstra uma menor percepção ou, talvez, um desconhecimento desses riscos por parte dos trabalhadores. CONCLUSÕES: Os riscos ergonômicos, que foram percebidos com maior frequência pelos profissionais de enfermagem, estão diretamente relacionados a situações que propiciam a sobrecarga de trabalho, o que é comum em UTIs devido à natureza dos cuidados prestados e da inadequação numérica dos profissionais para a demanda assistencial. Ressalta-se, assim, a importância da utilização de instrumentos de gerenciamento que auxiliem na provisão e adequação dos recursos humanos conforme as necessidades das unidades, tendo esta reflexos diretos e indiretos na qualidade da assistência.