INTRODUÇÃO: O enfermeiro na consulta de puericultura deve interagir com a mãe e fazer com que o mesmo também participe da consulta, estabelecendo assim um laço de confiança e proporcionando um ambiente no qual a mãe sinta-se a vontade para tirar suas dúvidas, demonstrar como cuida do seu filho e as dificuldades que encontram. Assim o enfermeiro prestará orientações mais próximas a sua realidade. OBJETIVO: Identificar o perfil sociodemográfico das mães que levam seus filhos menores de dois anos à consulta de puericultura em uma Unidade de Saúde da Família (USF); MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo/exploratório, com abordagem qualitativa, realizada em uma USF na cidade de Recife/PE. A amostra foi composta por 10 mães que apresentaram os requisitos de inclusão no período de outubro de 2011 a janeiro de 2012. Foi utilizado para a coleta de dados uma entrevista semi-estruturada composta por perguntas objetivas com a finalidade de realizar uma caracterização dos participantes do estudo sobre dados biológicos, socioeconômicos e demográficos. Os dados foram tabulados utilizando distribuição por freqüência simples. RESULTADOS: A faixa etária das mães variou de 16 a 43 anos, das entrevistadas 60% não apresentavam nem o ensino médio. Apenas 30% eram casadas ou apresentava um relacionamento estável, 80% tinham apenas um salário mínimo como renda familiar, 60% das mães apresentavam apenas um único filho. Todas elas confirmaram ter feito consultas de pré-natal (PN), entretanto esse dado não foi confirmado no cartão de PN. As mães afirmaram levar seus filhos para consulta de puericultura realizada sempre pela enfermeira, e quando foram questionadas sobre a frequência da consulta, 20% responderam que não levavam seu filho todo mês e 80% responderam que levavam. CONCLUSÃO: Observou-se que mais da metade das mães entrevistadas não apresentavam o ensino médio completo, onde a quantidade de anos estudados é um fator muito importante, pois quanto maior for o grau de instrução das mães mais fácil será que as mesmas compreendam e contribuam com mais facilidade com o cuidado de seu filho. Outro dado importante é grande parte delas são mães pela primeira vez, isso demonstra que elas não têm muitos conhecimentos anteriores, mas difere de incompetência. E por fim a renda familiar de a maioria delas é de apenas um salário mínimo, o que pode trazer certas dificuldades para que as mesmas consigam subsídios necessários para cuidar de seus filhos de maneira satisfatória.