Introdução: Um antimicrobiano pode ser entendido como uma substância que mata ou inibe o desenvolvimento de microrganismos, como bactérias, fungos, vírus ou protozoários. A resistência antibiótica na grande maioria das vezes está relacionada aos diagnósticos incorretos, prescrições desnecessárias, além do uso prolongado e incorreto de antibióticos por parte dos pacientes, o que tem levado ao aparecimento de cepas multirresistentes aumentando o tempo de internação e onerando os gastos públicos. Objetivo: O objetivo deste estudo foi levantar e analisar a produção técnico-científica sobre o uso de antimicrobianos e a possível influência na resistência microbiana. Metodologia: Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, realizada na base de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), utilizando-se os descritores: fármacos; resistência a antibióticos; enfermagem. Os critérios de inclusão do estudo foram: artigos de periódicos nacionais, no idioma português, no período de 2007 a 2011 e a temática proposta. Assim, na busca encontraram-se 12.764 artigos, porém foram analisados apenas 10 artigos que enquadraram-se nos critérios prévios de inclusão. Resultados: Após leitura minuciosa dos artigos partiu-se para a análise dos dados. O grupo das cefalosporinas e penicilinas foram os mais utilizados, tendo observado, portanto, o maior índice de resistência. A via de administração que mais prevaleceu nos estudos utilizados nessa investigação foi a endovenosa. Constatou-se assim, que o uso empírico e excessivo de antimicrobianos são os principais fatores para o aparecimento de resistência e também de superinfecções. Por isso, é de suma importância a identificação do patógeno para a indicação de tratamento específico, resultando assim na diminuição de toxicidade e tempo de internação, fazendo com que não haja uma disseminação de cepas resistentes, tanto no ambiente hospitalar como na comunidade. Conclusão: Considerando que os antimicrobianos são medicamentos de grande importância e que têm uma frequência elevada de utilização, é preciso urgentemente desenvolver políticas de saúde que priorizem o seu uso de forma racional. Os hospitais devem ter um controle das prescrições através de uma comissão de controle de infecção hospitalar, proporcionando uma educação continuada principalmente aos profissionais da enfermagem.