Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
CARGA DE TRABALHO DE ENFERMAGEM EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA ADULTO
Relatoria:
ILLOMA ROSSANY LIMA LEITE
Autores:
- GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
- MANUELLA CARVALHO FEITOSA
- SARAH MARIA MELO CORDEIRO
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Nas últimas décadas, a carga de trabalho em enfermagem tornou-se um tema mundialmente discutido nas instituições hospitalares devido suas implicações na qualidade de vida dos profissionais, na qualidade da assistência ao paciente e nos custos hospitalares decorrentes do quadro de pessoal de enfermagem. Dessa forma, avaliar a carga de trabalho de enfermagem, portanto, é um fator indispensável para um adequado provimento de pessoal nas diferentes unidades hospitalares, bem como para avaliação da qualidade e eficiência do cuidado. OBJETIVO: Determinar em porcentagem o tempo requerido para assistência de enfermagem em duas Unidades de Terapia Intensivas (UTIs) adulto, segundo o Nursing Activities Score (NAS). METODOLOGIA: Estudo descritivo, com abordagem quantitativa, desenvolvido em duas UTIs de um Hospital Público de grande porte na cidade de Teresina-PI, no período de setembro de 2011 a janeiro de 2012. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, com Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE): 0115.0.045.000-11. A unidade amostral fonte do estudo incluiu 109 prontuários de pacientes internados durante o período da coleta de dados. RESULTADOS: O NAS é um instrumento para avaliação da carga de trabalho de enfermagem em UTI. Como resultado, a pontuação do NAS representa a porcentagem de tempo gasto pelos profissionais de enfermagem na assistência direta ao paciente, com base no registro das atividades de enfermagem realizadas nas últimas 24 horas de internação na UTI, podendo atingir 176,8%. Foram realizadas, nas UTIs pesquisadas, 1021 medidas do escore NAS. Observou-se que 3,8% dos pacientes necessitaram de até 50% da assistência direta dos profissionais de enfermagem, 72,2% dos pacientes necessitaram entre 50 e 80%, 20,3% dos mesmos requereram de 80 a 100% e 3,7% necessitaram de mais de 100%, obtendo-se uma média geral do NAS de 69% (DP±15,6; MEDIANA=65,7). CONCLUSÃO: Os resultados obtidos mostraram que os pacientes apresentaram uma alta demanda de enfermagem, refletida pela média do NAS elevada. Ressalta-se que avaliar a carga de trabalho de enfermagem em UTI por meio de instrumentos de medida, em especial utilizando o NAS, é importante para estimar um quantitativo de pessoal necessário à equipe e auxiliar no cálculo orçamentário do serviço de enfermagem.