É comum no envelhecimento acontecerem alterações progressivas no organismo, tornando-o mais suscetível às agressões intrínsecas ou extrínsecas. Um exemplo, dentro desta suscetibilidade é a queda que pode estar relacionada à instabilidade postural e alterações dos sistemas sensoriais e motor. O Objetivo do estudo foi avaliar o equilíbrio e a marcha de idosos do grupo Amigos de Irmã Fernanda. Trata-se de uma pesquisa exploratória com uma abordagem quantitativa, que utilizou como instrumento de coleta de dados, a Escala de Avaliação do Equilíbrio e da Marcha de Tinneti. O teste avalia as condições vestibulares e da marcha da pessoa idosa a partir de atividades como: caminhar; sentar; levantar; girar 360º; ficar em pé com os olhos fechados; início, simetria e continuidade da marcha, entre outros. Para cada atividade há uma pontuação de 0 a 2, sendo que, 16 é a pontuação máxima na avaliação do equilíbrio, enquanto 12 é a pontuação máxima para avaliação da marcha, somando um escore total de 28 pontos. Quanto menor essa pontuação, maior o risco de queda, que aumenta para cinco vezes quando apresenta escore total inferior a 19. O critério de inclusão foi participar do grupo de idosos “Amigos de Irmã Fernanda”, da cidade de Cajazeiras/PB e ter mais de 60 anos. Os dados foram coletados no mês de maio de 2012, cuja amostra foi composta por 20 idosos de ambos os sexos, com faixa etária de 60 a 85 anos, correspondendo a 30% do total de idosos pertencentes ao grupo. Este estudo é um recorte de uma pesquisa maior, intitulada: Avaliação da qualidade de vida de idosos participantes de grupos de promoção de saúde, que teve aprovação do comitê de ética da Universidade Estadual da Paraíba sob protocolo: 0289.0.133.000-11. A análise dos dados demonstrou que, em relação ao equilíbrio, apenas 30% dos idosos obtiveram a pontuação máxima 16 e 20% apresentaram pontuação inferior a 12. No que concerne à marcha, 60% dos idosos obtiveram a pontuação máxima 12 e 10% apresentaram pontuação inferior a 7. Em relação à pontuação geral, somente 25% atingiram a pontuação máxima 28, sendo que, 10% dos idosos obtiveram pontuação inferior a 19, aumentando para cinco vezes o risco de quedas nos mesmos. Conclui-se que, os distúrbios no equilíbrio corporal e na marcha, são fatores contribuintes, mas não isolados para quedas nesses idosos. Sendo que, faz-se importante a identificação de outros fatores no contexto de vida do idoso, bem como, a busca de uma melhor qualidade de vida a essa população.