INTRODUÇÃO: Nos últimos anos houve um crescimento do número de diagnósticos de AIDS entre adolescentes, como mostra o Boletim Epidemiológico de 2010. Portanto, a sexualidade é um aspecto importante a ser analisado, pois a percepção desse tema é formulado, a partir de experiências cotidianas desses jovens, e há a necessidade de aprofundamento sobre ele para uma compreensão efetiva. OBJETIVOS: Analisar a percepção dos alunos do 3º ano do ensino médio antes e após uma ação educativa sobre doenças sexualmente transmissíveis/AIDS em uma escola pública de Ananindeua. METODOLOGIA: A pesquisa é numa ação educativa tendo caráter quanti-qualitativo. Foi aplicado um questionário semi-estruturado sobre DST/AIDS, dividido em três partes: a primeira referente a dados gerais, a segunda a duas evocações livres de palavras e a última a questões abertas sobre o tema. O público alvo foram 20 alunos do 3º ano do ensino médio, maiores de 18 anos, de escola pública de Ananindeua. Foram realizados dois encontros educativos com base no método do circulo de cultura, referente à DST/AIDS. Ao final do 2º encontro foi reaplicado o questionário para comparar com a primeira aplicação. RESULTADOS: Antes da ação educativa foram evocadas pelos sujeitos 88 palavras baseadas em conhecimento prévio sobre DST. As palavras mais evocadas foram “sexo” e “prevenção”, com 8 repetições. Após a ação educativa, foram evocadas 93 palavras, nas quais foram encontradas 40 palavras novas. Em relação ao termo AIDS, a palavra “doença” foi mais referida. Após a ação educativa foi encontrada a expressão “falta de cura”, com 5 repetições. Em relação a indagação: “Quais as doenças sexualmente transmissíveis que você conhece?”, as doenças com maior repetição foram AIDS (85 %), gonorreia (50%), sífilis (35%) e HPV (20%). Posteriormente, a AIDS foi citada por 95%, seguida da gonorreia (60%), sífilis (55%), HPV (10%), herpes (45 %) e hepatite (30%). Em relação a pergunta: “Como se pode evitar as DST/AIDS?” verificou-se que, foi citado o uso da camisinha (90%), seguida de redução do número de parceiros; prevenção/ cuidados; entre outros. Após ação educativa, foi incluído o não compartilhamento de seringas/ agulhas ou roupas intimas. CONCLUSÃO: Percebemos que existe a necessidade de uma articulação entre família, escola e equipe de saúde, no intuito de promover ações de educação em saúde, afim de orientar os alunos dentro de suas necessidades, abordando de forma não preconceituosa a sexualidade e o uso de drogas.