A violência, apesar de ter conceito amplo, complexo e polissêmico, pode ser entendida como o evento representado por ações realizadas por indivíduos, grupos, classes ou nações que ocasionam danos físicos ou morais a si próprios ou a outros. Esta possui múltiplas causas, que estão correlacionadas com determinantes sociais e econômicos, como: desemprego, baixa escolaridade, concentração de renda, exclusão social, entre outros, configurando-se como um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. O presente estudo objetivou realizar um levantamento bibliográfico quanto à violência como um problema de saúde pública. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo exploratório, realizada durante o mês de maio de 2012, a partir de uma busca de artigos e periódicos disponíveis nos bancos de indexação LILACS e SCIELO. Foram utilizadas as palavras-chave: Violência, Saúde Pública, Morbimortalidade, e por critérios de seleção dos artigos: data de publicação (2001 a 2011), contexto do periódico, selecionando dessa forma 17 artigos. A violência afeta fortemente a saúde por provoca morte, lesões e traumas físicos e agravos mentais, emocionais e espirituais, diminuindo a qualidade de vida das pessoas e das coletividades. Em 2002, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que em todo o mundo, a violência vem se afirmando como um dos mais graves problemas sociais e de Saúde Pública, principalmente em razão do número de mortes que provoca, bem como pela necessidade de atendimento de saúde que têm as pessoas lesionadas. No Brasil, a violência vem manifestando-se em números elevados e crescentes, provocando indicadores de saúde absolutamente negativos para a sua população. Com referência, por exemplo, à inter-relação entre violência e pobreza, alguns autores chamam a atenção para o fato de que a população pobre, além de ter baixo ingresso, sofre de múltiplas privações que podem também contribuir como fatores favoráveis à violência, como é o caso do desemprego. A violência no contexto mundial tem ganhado muito destaque quanto aos debates, mas é preciso agir mais do que ser idealista. Medidas eficazes e que sejam condizentes com a realidade da nossa nação devem ser priorizadas e desenvolvidas na busca de um padrão de segurança vital indispensável para todos os que compõem a sociedade civil brasileira.