Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E FARMACOTERAPEUTICO DOS PACIENTES COM HANSENIASE EM SANTA LUZIA - MA
Relatoria:
JARDENY DA SILVA SANTOS
Autores:
- jardeny da silva santos
- Josileia da Silva Santos
- Ebenézer de Mello Cruz
- NALVA BONFIM DE OLVEIRA
Modalidade:
Pôster
Área:
Vulnerabilidade social
Tipo:
Monografia
Resumo:
Introdução. Conhecida há séculos como uma moléstia que caminha lentamente, com alterações morfológicas e fisiológicas, até hoje a hanseníase desafia conceitos e convicções sobre tratamento e propagação. A doença passou a fazer parte da dramaturgia do sofrimento humano desde a antiguidade, mas sua identidade etiológica remota apenas ao final do século XIX, com a descoberta do Mycobacterium leprae, um bacilo álcool-ácido resistente, parasito intracelular, sendo a única espécie de micobactéria que infecta nervos periféricos, especificamente as células de Schwann. A hanseníase pode se apresentar na forma paucibacilar, com pequeno número de bacilos no organismo, insuficiente para infectar outras pessoas e podem curar-se espontaneamente. Porém, um número menor de pessoas, pode adquirir a forma multibacilar, transmissível e mantenedor da cadeia epidemiológica da doença. Objetivo. Realizar um levantamento epidemiológico e farmacoterapêutico dos pacientes com Hanseníase em Santa Luzia - MA. Material e métodos. Foi realizado um estudo de corte transversal, através da análise de fichas de notificação e base de dados da Coordenação de Hanseníase do município. Santa Luzia está localizada na região oeste do Estado, distante 294 km da capital São Luís, possui uma população de 74.043 hab. e 4.766 km2. Também foram aplicados 60 questionários objetivos após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido aos pacientes sob tratamento. Os dados foram tabulados utilizando o Microsoft Office Excel. Resultados. Foram diagnosticados 107 pacientes com hanseníase, resultando numa prevalência de 1,14‰. Dados socioeconômicos obtidos através de questionário demonstram que 58,3% dos pacientes são do sexo masculino, a média de idade foi 31 anos, 50% dos entrevistados relataram ter acima de três pessoas por residência, 60% eram casados e 60% possuem renda mensal de até um salário mínimo. Quanto à forma clínica e tratamento, 43% são pacientes paucibacilares realizando tratamento com rifampicina e dapsona, e 57% são multibacilares sendo tratados com rifampicina, dapsona e clofazimina. Quando perguntados sobre as reações adversas, foram relatadas cefaleia (26%), arritmias (25,3%), dor de estômago e/ou náuseas (23%), tonturas (18,2%) e fraqueza (13,5%). Conclusão. A hanseníase é considerada um problema de saúde pública em que devem ser sempre desenvolvidos e executados novos projetos e programas para controle da doença nas esferas municipais, estaduais e federal.