O Enfermeiro configura-se como um importante integrante da equipe de saúde, e a assistência prestada por este profissional possui uma fundamentação consistente, podendo ampliar visões e perspectivas de mundo, ao desenvolver habilidades na formação de pensamentos críticos. Entretanto, muitos fatores estão envolvidos na execução desta profissão, principalmente quanto à satisfação e reconhecimento destes. O presente estudo objetivou identificar a produção literária sobre a profissão de enfermagem numa ótica de autorreconhecimento e valorização da categoria. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo exploratório, realizada durante entre os meses de setembro a dezembro de 2011, a partir de uma busca de artigos e periódicos disponíveis nos bancos de indexação LILACS e SCIELO. Foram utilizadas as palavras-chave: Enfermagem; Valorização; Profissionais de Saúde, e por critérios de seleção dos artigos: data de publicação (2004 a 2010), título do periódico e textos completos, selecionando dessa forma 12 artigos. Na atualidade, a enfermagem deixou de ser vista como uma profissão de caráter empírico, baseada na técnica e centrada no modelo biologista, passando a compor uma divisão de cunho científico. Paralelo a isso, observa-se que esta parece estar em “segundo plano”, quando comparada a outras profissões liberais, na qual, pelos mais variados motivos e até mesmo, os próprios profissionais parecem reconhecer outras ocupações como superiores à enfermagem. O autorreconhecimento e valorização desta classe é uma questão complexa e, mais ainda, quando analisada em conjunto ao fato de que os integrantes dessa classe não compõem uma categoria unificada e revolucionária, no aspecto da defesa dos seus direitos sociais. É preciso entender que ser enfermeiro é muito mais que a realização de procedimentos técnicos, na verdade compomos uma profissão de comprovada importância, a qual merece ser reconhecida como tal. Portanto, para que possamos ser assim reconhecidos, os próprios enfermeiros precisam se valorizar, entendendo isto como uma maneira de afirmação perante a sociedade, através de uma participação ativa de modo autônomo, e não autoritário. Esta proposta de reflexão não é apenas mais um referencial teórico sobre a enfermagem e seus dilemas, e sim, deve ser tomada como um estímulo ao desenvolvimento crítico-reflexivo e a autovalorização, almejando melhorias substanciais no reconhecimento social e laboral.