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Anais - 15º CBCENF

Resumo

Título:
PROCESSO DE DOAÇÃO DE ORGÃO PÓS MORTE ENCEFÁLICA SOB A ÓTICA DOS FAMILIARES
Relatoria:
GRACIELLA MELO DE ARAÚJO FREITAS
Autores:
  • GLICIA DE LIMA ALENCAR
  • HOGNA DAYANY DE CARVALHO MONTE
  • LAILA MARIA ALVES DUARTE
  • NUNO DAMÁCIO DE CARVALHO FÉLIX
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A morte encefálica é a definição legal de morte, na qual ocorre à completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro, podendo ser viável a doação de alguns órgãos. A falta de esclarecimento contribui para aumentar dúvidas, mitos e preconceitos que precisam ser extintos entre os familiares, pois estes decidirão sobre doar ou não os órgãos e/ou tecidos. Conhecer a percepção dos familiares sobre este processo é fundamental, vislumbrando um aumento no número de órgãos disponíveis para possivelmente salvar vidas. Logo, objetivou-se conhecer a percepção da família quanto à doação de órgãos após a morte encefálica. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo exploratório, realizada durante o mês de março de 2012, a partir de uma busca de artigos e periódicos disponíveis nos bancos de indexação LILACS e SCIELO. Foram utilizadas as palavras-chave: Transplante de órgão; Família; Percepção, e por critérios de seleção dos artigos: data de publicação (2003 a 2011), contexto do periódico, selecionando dessa forma 21 artigos. A família fica abalada ao receber o diagnóstico de morte encefálica quando não há esclarecimento prévio sobre a possibilidade de ocorrência dessa situação. Por outro lado, a família que é informada sobre o início dos exames para confirmação do diagnóstico tem a possibilidade de preparar-se para a morte do paciente. Em alguns casos pode ocorre à recusa familiar, que representa um grande entrave à realização dos transplantes, sendo também um dos principais fatores responsáveis pela escassez de órgãos e tecidos para transplantes. Em contrapartida, as famílias que compreendem bem o diagnóstico são mais favoráveis à doação de órgãos, em comparação com as famílias que acreditam que a morte só ocorre após a parada cardiorrespiratória. Sendo assim, a falta de informação reduz drasticamente o número de beneficiados pela recepção de um órgão. A doação de órgãos e tecidos é vista pela sociedade civil como um ato de solidariedade e amor e, ao mesmo tempo, exige dos familiares a tomada de decisão num momento de extrema dor e angústia. Os profissionais de saúde devem se engajar na promoção informacional sobre doação de órgãos, visando à melhoria da qualidade de vida de pessoas que ainda possuem perspectivas vitais. A vida do paciente vítima de morte encefálica chegou ao fim, e tal fato culmina em sofrimento extremo a todos que conviveram com este, mas ainda é possível salvar vidas e cultivar o sonho de viver.