Introdução: Dentre as doenças crônicas infantis, o câncer se destaca pela sua alta incidência e repercussões na vida da criança e sua família. No transcurso do câncer a família e a criança enfrentam problemas como longos períodos de hospitalização, dificuldades pela separação dos membros da família durante as internações, interrupção das atividades diárias, angústia, dor, sofrimento e o medo constante da possibilidade de morte. Esse estudo tem como objetivo relatar a vivência de acadêmicas de enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) em relação à assistência a crianças com câncer. Metodologia: É um relato de experiência das aulas práticas da disciplina Saúde da Criança ministradas no âmbito hospitalar, no município de Campina Grande-PB. Para a fundamentação teórica utilizamos artigos da base de dados do scielo, e para acessá-los, usamos como indexadores “câncer infantil”, “assistência na oncologia”, “oncologia”, fazendo-se as seguintes restrições, gratuidade do acesso e o idioma português. Resultados: O grupo passou 14 dias na pediatria, na qual tivemos a oportunidade de acompanhar a oncologia infantil, observamos que a assistência deve ser prestada de forma integral visando atender todos os aspectos que envolve a criança, para que assim o tratamento tenha sucesso. As sessões de quimioterapia são etapas que causam sofrimento tanto para criança quanto para a família, diversas vezes presenciamos a mãe ou o pai sem saber como lidar com a situação e ao mesmo tempo tendo que ter força para está ao lado de seu filho. Presenciamos o depoimento de um pai que ao acompanhar sua filha portadora de leucemia e após presenciar várias tentativas por parte da equipe de enfermagem em puncionar um acesso periférico na criança, chegou a questionar a necessidade do tratamento. Um aspecto relevante é em relação ao ambiente hospitalar, a pediatria em si conta com a briquedoteca, a qual as crianças podem ir brincar, entretanto as crianças com câncer por ter a imunidade baixa não participam muito das atividades que são realizadas na brinquedoteca. O cuidado no manejo dos quimioterápicos é outro aspecto que precisa ser valorizado, uma vez que, qualquer erro ou descuido pode acarretar sérios danos à criança, uma vez que a maioria são vesicantes. Conclusão: É relevante que os profissionais de saúde pensem formas de tentar dinamizar o atendimento prestado ao público infantil, tentando interagir com a família para que a mesma possa ser facilitadora do processo.