Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
CARACTERíSTICAS SOCIODEMOGRáFICAS E CLíNICAS DE PACIENTES HOSPITALIZADOS COM INSUFICIêNCIA CARDíACA
Relatoria:
FERNANDA MACEDO DE OLIVEIRA NEVES
Autores:
- Francisca Elisângela Teixeira Lima
- Shérida Karanini Paz de Oliveira
- Moziane Mendonça de Araújo
- Maria José Monteiro de Assis
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A insuficiência cardíaca (IC) impõe limitação na qualidade de vida dos pacientes. No que se refere a população brasileira, cerca de 6,4 milhões de pessoas sofrem de insuficiência cardíaca, com incidência de 240 mil casos por ano. Devido a essa alta incidência e prevalência, a IC representa a principal causa de internação de origem cardiovascular no país. No entanto, existem poucos recursos de informação epidemiológica a respeito de IC no Brasil. Assim, tem-se como objetivo verificar as características sociodemográficas e clínicas de pacientes hospitalizados com insuficiência cardíaca. Trata-se de um estudo descritivo, de natureza quantitativa, desenvolvido em um hospital de nível terciário de Fortaleza-Ceará com 69 pacientes, com idade > 18 anos e condições clínicas estáveis. A coleta ocorreu por meio de entrevista e consulta aos prontuários. Os dados foram tabulados em um banco de dados no programa Excel e analisados de forma descritiva. Como resultados, predominaram: sexo masculino (65,2%), pessoas casadas ou união estável (52,1%), faixa etária entre 40 e 59 anos (44,9%), aposentados (73,8%) e católicos (75,4%). A hereditariedade, HAS e DM foram alguns fatores de risco presentes. A etiologia mais encontrada foi a miocardiopatia dilatada idiopática (28,9%), seguida da isquêmica (23,2%). A classe funcional de acordo com NYHA, não foi encontrada em 55,1% dos prontuários dos pacientes da amostra, e os demais foram assim classificados: NYHA 1 (1,4%), NYHA 2 (2,9%), NHYA 3 (8,7%) e NYHA 4 (31,95%). A fração de ejeção do ventrículo esquerdo predominante foi < 55%, presente em 72,5% dos pacientes. Portanto, conhecer a epidemiologia da IC é de fundamental importância para avaliação de novas formas de prevenção, de tratamento e de plane¬jamento no atendimento à saúde da população. Assim, estudos epidemiológicos são importantes para enfermeiros, já que estes profissionais devem realizar educação em saúde para promover a saúde da população. Para que tal tarefa seja desempenhada com êxito, é necessário conhecer a população que apresenta maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares e suas complicações.