Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
A LUDOTERAPIA COMO FERRAMENTA DO CUIDAR DA CRIANÇA PORTADORA DE TRANSTORNO MENTAL:UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
LAISE RIBEIRO DE CARVALHO
Autores:
- TATIANE GISELE MARQUES DA SILVA
- BRUNA ALESSANDRA COSTA E SILVA
- JACQUELLYNE CHRISTYNA PINTO FONSECA
- LIDIANE DE NAZARÉ NORONHA FERREIRA BAIA
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: A psiquiatria infantil ainda é problemática, a exemplo citamos deficiências sérias como esquizofrenia e depressão. Problemas relacionados à saúde mental da criança podem prejudicar o seu desenvolvimento psíquico e social. A brincadeira é de extrema importância para o desenvolvimento psicológico e quanto mais à criança brinca, mais ela se desenvolve sob os mais variados aspectos: os afetivo-emocionais, motor, cognitivo e corporal. É através da brincadeira que a criança vive e reconhece a sua realidade. Além disso, funciona como uma terapia para a criança com transtorno psiquiátrico. O enfermeiro é habilitado para realizar essa atividade chamada de ludoterapia. OBJETIVOS: Relatar a experiência do cuidado de enfermagem pautado na assistência humanizada e integral a uma criança hospitalizada em uma urgência psiquiátrica Belém/Pará. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo no qual fizemos um relato de experiência do cuidado de enfermagem a uma criança com diagnóstico de esquizofrenia hebefrênica, foi desenvolvido por acadêmicos de enfermagem do 4º ano da Universidade do Estado do Pará, onde foi utilizado como ferramenta para o cuidar a Ludoterapia. RESULTADOS: Inicialmente buscamos um vínculo terapêutico com a cliente, que estava bastante agitada, agressiva com comportamento regressivo e com alterações no processo do pensamento relacionado à presença de alucinações auditivas e visuais. A cliente foi levada a uma área livre e brincou de futebol, gangorra, corrida. Foi estimulada a desenhar logo ao início da ludoterapia e outra vez aproximadamente 40 minutos após o término da seção de ludoterapia. Em seu primeiro desenho foi feito um coração vazado, duas estrelas, uma nuvem, com muitos riscos fortes e de traços marcantes, o que nos remete a interpretar, desorganização, ansiedade e agressividade. Ao perguntar o que significava o desenhou falou que aquele coração era o dela, e que os riscos eram de raiva. Após a Ludoterapia, observamos que a paciente representou um coração preenchido quase que completamente e com riscos bem menos intensos, verificando que a Ludoterapia funcionou como um meio de diminuir suas ansiedades e angústias. CONCLUSÃO: A relação terapêutica e o brincar funcionam para a criança com transtorno psiquiátrico como uma prática de cuidado e proteção a vida da criança. A Ludoterapia associada a assistência de enfermagem funciona como ponte entre a fantasia e a realidade ajudando a dominar o medo dos perigos internos e externos.