O exame ginecológico e urológico que é considerado simples, para profissionais, pode ser percebido de forma agressiva, por adolescentes, devido à influência social e cultural. O primeiro é capaz de identificar, precocemente, células malignas, apesar do câncer de colo uterino ainda ser a segunda causa de morte, em mulheres, no Brasil. Com relação à saúde do homem, em 2007, o Brasil tornou-se o segundo país da América a apresentar este setor da saúde. Coube à urologia, cuidar do sistema reprodutor, da função sexual e da regulação hormonal masculina, visando à prevenção de doenças através do incentivo de busca pelos serviços de saúde. Torna-se essencial o fornecimento de orientações, para que adolescentes frequentem precocemente estas consultas, prevenindo, diagnosticando e tratando anormalidades, com melhora da qualidade de vida destes. Objetivamos descrever a percepção dos adolescentes acerca da Consulta Ginecológica e Urológica. Estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado em maio de 2012 com 48 adolescentes, entre 10 e 17 anos, pertencentes a uma Escola de Ensino Fundamental da Secretaria Executiva Regional VI, em Fortaleza/CE. Os adolescentes analisados eram solteiros, moravam com familiares e não tinham filhos. Quando indagados sobre a importância destas consultas destacamos as seguintes falas: Para detectar se você tem doenças e saber mais sobre seu corpo; Prevenir doenças sexuais e o câncer. Ao questionarmos se já tiveram informações sobre estas consultas, boa parte afirmou que não (37) e os que disseram sim, obtiveram na escola (8) ou com a mãe (3). Dentre as meninas (21), a maioria (17) informou não ter procurado este serviço tendo como principais motivos a vergonha e falta de informação. Das que frequentaram (04), procuraram esta consulta, pois: Queria prevenir doença e Minha mãe me levou. Entre os meninos (27) ninguém procurou este serviço. Ao perguntarmos sobre seus medos acerca destes exames, eles disseram: Tenho medo de tirar a roupa pra fazer esse exame; Tenho medo de doer na hora do exame. Constatamos que ainda há um temor muito grande, entre os adolescentes, em realizar estes exames, isso se dá devido à falta de esclarecimento e ao tabu que a sociedade faz sobre esse assunto. Cabe ao profissional de saúde, através de educação e saúde, fornecer informações necessárias, para que este público frequente precocemente estes serviços, melhorando a qualidade de vida.