Introdução: O serviço noturno é aquele que compreende entre as 22 horas de um dia até às cinco horas do dia subsequente, quando realizado pela equipe de enfermagem, podendo ser fixo ou alternante geralmente trazendo prejuízos a saúde do trabalhador. Esta problemática provoca situações que exigem adaptação do funcionário uma vez que, esse experimenta uma inversão do ciclo–sono–vigília. Objetivo: Analisar a produção cientifica quanto à opção do trabalhador pelo serviço noturno na enfermagem e as consequências adquiridas em virtude dessa escolha. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa integrativa realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no qual, utilizou-se como descritores trabalho noturno e enfermagem. Resultados: A opção pelo trabalho noturno foi maior entre os profissionais do sexo feminino, na faixa etária de 21 a 40 anos, sendo casadas e com filhos menores. Dentre os fatores que interferiram na escolha do serviço noturno pelos profissionais de enfermagem, os mais citados foram: necessidade econômica, conciliar a jornada doméstica com o trabalho, ter maior disponibilidade para família e a necessidade de agrupar o serviço noturno ao estudo. Para esses profissionais, o serviço noturno propiciou maior participação na tomada de decisão, menos envolvimento em conflitos e menor desgaste entre os membros da equipe de saúde. Apesar da escolha desses trabalhadores ter suprido suas necessidades pessoais trazendo benefícios, essa decisão também trouxe uma série de malefícios, tais como: déficit do sono, deixando-os propensos a erros iatrogênicos; ritmo circadiano desordenado, alimentação inadequada; sobrecarga e dupla jornada de trabalho, seguido de uma diminuição do nível de alerta devido ao consumo de drogas. Conclusão: Portanto, percebe-se que ao decidir pelo serviço noturno, o profissional de saúde deve refletir sobre os riscos e os benefícios para não comprometer o seu bem-estar. A supervisão do gestor é de extrema importância para a elaboração de políticas de pessoal que respeitem as especificidades, investindo nas condições de vida e estratégias individuais de adaptação. No entanto, é necessário que o profissional conheça os limites de seu corpo para que não comprometa sua saúde e não interfira na qualidade da assistência prestada ao cliente.