[INTRODUÇÃO] A úlcera venosa decorre da hipertensão sistêmica do plexo venoso superficial, provocando deficiência do retorno venoso. É uma experiência geradora de vivências intensas e constantes de dor e sofrimento, pois acomete as pessoas na faixa etária mais produtiva de suas vidas. [OBJETIVOS] Diante disso, esse estudo teve como objetivo verificar a presença de dor em pacientes com úlceras venosas que faziam parte da área adscrita de quatro (04) UBSF pertencentes à zona sul do município de Mossoró/RN. [METODOLOGIA] Trata-se de um recorte oriundo de pesquisa aprovada pelo PIBIC/UERN. Possui natureza exploratória e descritiva com abordagem quantitativa não experimental. Para participar da pesquisa deveriam ser obedecidos dois critérios de inclusão: ter diagnóstico de úlcera venosa e apresentar pelo menos uma lesão no momento da pesquisa. A coleta de dados envolveu dois momentos: aplicação de um questionário socioeconômico e realização de exame físico. [RESULTADOS] No total foram encontrados oito sujeitos que atendiam aos critérios de inclusão e aceitaram participar da pesquisa mediante assinatura de TCLE. No que se refere as características das úlceras: 75% localizavam-se na região do maléolo medial; 100% eram superficiais, de exsudação pouca a moderada, com odor característico, além dos pés apresentarem pulso pedioso palpável. Do total, 87,5% referiram dor, estes estavam em tratamento a mais de um ano, e faziam uso de analgésicos. Relatavam como principal queixa dor ao andar, muitas vezes em forma de formigamento, que pioravam quando exerciam alguma atividade do cotidiano ou ao deitar-se, fazendo com que o sujeito acordasse devido à dor. Esse resultado vai de encontro com a literatura já consagrada que enfatizam a presença de pouca ou nenhuma dor nesses casos e que pode ser explicada pela subjetividade de cada sujeito que pode perceber a dor em peso nos MMII comum em pessoas com interrupção do fluxo venoso como sendo a dor da própria lesão. [CONCLUSÃO] Compreende-se assim que o percentual de dor dos usuários pesquisados é elevado, constando também que os mesmo tinham um cotidiano bastante dinâmico, contribuindo para o desconforto, a falta de descanso e conseqüentemente, a dor. É notável que o estresse físico, emocional, econômico e social influenciam no curso e no aparecimento da dor,sendo assim necessário um acompanhamento diferenciado para esses sujeitos.