INTRODUÇÃO: A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente, em mais de 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. Em nosso país, as condições socioambientais favoráveis à expansão do Aedes Aegypti possibilitaram a dispersão do vetor desde sua reintrodução em 1976 e o avanço da doença. Diante desse quadro, faz-se necessário elucidar as ações que podem ser desenvolvidas pelo enfermeiro na identificação e tratamento da doença no âmbito da Atenção Primária.METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo e bibliográfico que se utiliza de uma abordagem qualitativa realizado por meio de revisão de livros e artigos científicos, utilizando a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Google Acadêmico. DISCUSSÃO: A dengue é uma doença infecciosa viral que afeta diversos países no mundo. No Brasil, as primeiras referências à dengue remontam ao período colonial. Em 1865 foi descrito o primeiro caso de dengue em nosso país, na cidade de Recife. Sete anos depois, em Salvador, uma epidemia da referida doença ocasionou 2.000 mortes. A dengue tem como hospedeiro vertebrado, o homem e o primata, mas somente o primeiro apresenta manifestação clínica da infecção e período de viremia, que é de aproximadamente sete dias. Atualmente, a dengue é a arbovirose mais comum que atinge o homem, sendo responsável por cerca de 100 milhões de casos/ano em população de risco de 2,5 a 3 bilhões de seres humanos. Nesse contexto, o enfermeiro pode minimizar a maior parte desses fatores de risco, desenvolvendo ações de prevenção primária, principalmente através da educação em saúde. Frente à realidade brasileira de incidência dessa doença o enfermeiro deve está engajado com o propósito de reduzir estas taxas, assumindo uma postura ativa e desenvolvendo dentro de sua comunidade ações com essa finalidade. CONCLUSÃO: A revisão de literatura permitiu compreender que a dengue, apesar de sua magnitude, pode ser controlada por meio de um programa articulado e de fácil execução. As principais estratégias encontradas foram às ações preventiva e educativa. Faz-se necessário também que o enfermeiro estabeleça rede de referência e contra referência para o diagnóstico da doença; programe ações de comunicação e mobilização social em parceria com a iniciativa privada; bem como a avaliação periódica de resultados.