A palavra prevenção tem origem no latim praeventione significando “aquilo que se evita”. O comportamento preventivo para o câncer de mama é baseado dentre outros fatores, no seu conhecimento e crença sobre a doença e nas condições socioeconômicas como fator motivador para a realização de medidas preventivas. Verificar a contribuição das variáveis socioeconômicas renda e educação no comportamento preventivo do câncer de mama. Trata-se de uma pesquisa ação de caráter descritivo-exploratório de abordagem quantitativa realizada em 04 Unidades Básicas de Saúde, do município de Floriano - Piauí, nos meses de novembro a dezembro de 2011. A população inicial da pesquisa foi de 80 mulheres que após os critérios de inclusão: aceitar participar do estudo de forma voluntária, assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, ter idade igual ou superior a 40 anos, preconizada pela lei 11.664/2008 para realização da mamografia de rastreamento, reduziram-se a 21. Para análise da variável educação, separaram-se equitativamente as usuárias alfabetizadas das analfabetizadas. Como parâmetro de análise da renda, observou-se a média de renda total da clientela que variou entre menos que 01 até 03 salários, em seguida classificou-se em função da amostra, as que recebiam menos de 01 salário mínimo em (baixa renda); salário maior que um e menor ou igual a 02 (média renda); igual ou maior que 03 salários (alta renda). Em seguida avaliou-se a aplicação das práticas preventivas (autoexame, exame clínico das mamas e mamografia). Cabe ressaltar, que o projeto foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade Federal do Piauí sob o número de protocolo, 0214.0.045.000-11. Os resultados apontaram que 76,2% das mulheres são de baixa renda; 19% média renda e 4,7% alta renda. Da amostra total da população de baixa renda apenas 25% realizam regularmente as práticas preventivas. Na população de média renda, 37,5% realizam o autoexame; 31,2% fazem o exame clínico das mamas e 43,7% realizam a mamografia. A população de alta renda apresentou índice de 90% para realização das práticas preventivas. A população alfabetizada apresentou índice superior a 11% em relação à prática do autoexame. No que diz respeito ao exame clínico das mamas e a mamografia este aumento foi de 44,4%. Conclui-se que com um maior desenvolvimento econômico e o consequente aumento do nível educacional parecem justificar a correlação entre a aplicação das medidas preventivas e os altos indicadores sociais.