INTRODUÇÃO: O autismo é uma síndrome multicausal que se caracteriza por alterações comportamentais afetando, principalmente, a comunicação e o convívio social. Se caracteriza por manifestar-se em idades iniciais do desenvolvimento humano, peculiarmente antes dos três anos de idade, e tende a persistir durante a vida adulta, onde somente uma parcela alcança a total independência. É a equipe de enfermagem que, em geral, está em contato contínuo tanto com a criança autista como com a família, porém essa síndrome ainda é pouco explorada dentro do campo da enfermagem. OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo identificar, na literatura científica nacional, a atuação dos enfermeiros frente à criança autista e sua família. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica realizada com a finalidade de obter informações a respeito da atuação da enfermagem na abordagem a uma criança autista, e a sua família, por meio da análise de artigos obtidos na base de dados BIREME/BVS. Foram utilizados os descritores transtorno autístico e enfermagem e os critérios de inclusão para a seleção constituíram-se em: artigos que apresentassem texto completo, em língua portuguesa e que conservassem relação com o tema principal, o que totalizou três artigos. Os artigos selecionados, a partir dos critérios, estavam inseridos no período de 2008 a 2011. Neles, foram analisados, também, a abordagem metodológica e os principais temas discutidos. RESULTADOS: De uma forma geral, os estudos tem como enfoque a desestabilização emocional da família com a situação de convivência com um membro autista, além de deixar claro o papel do enfermeiro, citando a necessidade de atenção especializada não só à criança com autismo, mas também a todos que com ela convive. Assinalando também uma crítica ao despreparo profissional da equipe de enfermagem, que aponta como uma de suas causas a falta de literatura que conjugue a teoria e a prática, para o embasamento do cuidado a esses sujeitos. Quanto à abordagem metodológica, todos os estudos eram qualitativos. CONCLUSÃO: A partir da pesquisa realizada, evidenciou-se a carência de maior produção científica sobre a temática. Destaca-se ainda, a necessidade da construção de uma assistência especializada, através da educação permanente em enfermagem para uma avaliação eficaz das reações da criança, bem como sua evolução frente ao tratamento e instruir os pais a respeito do autismo, ajudando a aliviar o sentimento de culpa e vergonha frequentemente associada a essa doença.