INTRODUÇÃO: Este estudo pretende mostrar a interação entre o PET-Saúde e a comunidade no processo de ensino-aprendizagem, na visão dos acadêmicos, considerando o paradigma do pensamento sistêmico, baseando-se nos requesitos científicos dos cuidados à atenção primária, aplicado aos sistemas familiares, ancorados por pressupostos científicos da Atenção Primaria em Saúde, que é definido e defendido como modelo técnico-assistencial, com a finalidade de garantir a integralidade dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) na prevenção, promoção e educação em saúde. OBJETIVO: Analisar, sob a óptica acadêmica, a questão da interação academia-comunidade e seus principais efeitos. METODOLOGIA: optou-se por iniciar com uma reflexão teórico-analítica, seguida pelo relato de uma vivência cotidiana da ESF, projeto piloto do PET SAÚDE no município de Belém-PA. Os trabalhos foram iniciados com a capacitação da equipe quanto ao binômio saúde-doença e às possíveis estratégias para a construção do plano de ação. Refeito o mapeamento territorial com participação da equipe de saúde e da comunidade e destacado as microáreas de maior risco, além da quantificação e localização das mesmas. Assim obteve-se a base para a realização do diagnóstico da comunidade, traçando-se: o perfil epidemiológico, através do qual observou-se a incidência e prevalência de doenças e os fatores de risco relacionados a esses eventos; o perfil sócio-econômico, estilo de vida e crenças religiosas; o saneamento básico e o perfil das necessidades, alcançado através de uma votação realizada com a participação da comunidade e de seus representantes e da equipe de saúde, que identificou os problemas de maior destaque para a população. RESULTADOS: através do conhecimento das demandas da comunidade Lindas, traçados pelos perfis epidemiológicos, observou-se a maneira pela qual se dá a inserção da equipe de saúde da família na prestação de serviços aos pacientes com transtornos mentais na comunidade. Com base na nova lógica de atenção e a partir da construção de uma rede de serviços de saúde mental de forma descentralizada, municipalizada e com caráter multiprofissional, tendo como pressupostos básicos os direitos de cidadania, a desinstitucionalização e a promoção da saúde, viu-se a necessidade da caracterização e inserção do programa de saúde mental na ESF, identificando o acompanhamento dos pacientes de saúde mental e avaliando o papel da equipe neste acompanhamento.