Introdução: O Medo pode ser definido como a reação à ameaça percebida que é reconhecida como um perigo conscientemente, podendo se manifestar como resposta a uma situação nova, a uma experiência anterior desagradável ou mesmo o receio do período de internação. O parto pode ser visto como a grande provação, principalmente para as mais jovens, com isso, o trabalho árduo, os riscos e as dores do processo parturitivo são acentuados, gerando medo e ansiedade. Entre outras mulheres pode existir a presença do medo com relação aos riscos cirúrgicos que envolvem uma cesariana e suas possíveis sequelas como hemorragia pós-parto, infecção dos pontos e internações prolongadas. Objetivo: Identificar e Analisar o sentimento de medo apresentado por gestantes acompanhadas em uma unidade básica de saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e prospectivo, realizado em uma Unidade Básica de Saúde de São Luís – MA no período de Maio a Junho de 2011. A coleta de dados foi primária, com uma amostra de 51 gestantes entrevistadas através de um formulário direcionado. Resultados: A faixa etária foi de 17 a 43 anos, sendo em sua maioria (56,9%) na faixa entre os 18 e os 28 anos. 62,7% com naturalidade no município de São Luís – MA, em sua maioria auto referindo-se parda (49,0%) com relação a sua cor, católica (60,8%) com relação a religião, com situação conjugal de união estável (49,0%), não possuindo nenhuma atividade remunerada (62,7%), com escolaridade até o ensino médio completo (58,8%), com renda mensal de 1 a 2 salários (60,8%) e número de moradores variando de 3 a 4 (52,9%). Foi constatado que 62,7% das mulheres entrevistadas relataram possuir o sentimento de medo. Destas, pôde ser relacionado a causa desse medo em medo das complicações de um parto (25,0%), da falta de saúde na criança (18,8%), medo de morrer (15,6%), do parto normal (12,5%), do parto cesariana (9,4%), da dor (9,4%) e medo de abortar (9,3%). Conclusão: A implementação da consulta às gestantes com a investigação de problemas de enfermagem relacionados a fatores biopsicológicos possibilitou não somente um conhecimento sobre medo, mas uma visão mais ampla da importância da aplicação do processo de enfermagem na consulta à gestante. O acompanhamento em todas as fases do pré-natal se mostrou de grande importância por se tratar de uma fase diferenciada e única na vida da mulher, onde o acompanhamento do enfermeiro se faz necessário para garantir uma gestação saudável fisicamente e psicologicamente.