INTRODUÇÃO: O traumatismo crânio-encefálico (TCE) é um problema de saúde pública e fato influente na elevação dos dados de morbimortalidade entre adultos e jovens. Smeltzer e Bare (2009), definem traumatismo como “lesão ou ferida intencional ou não, infligida ao corpo por um mecanismo contra o qual este não pode proteger-se.” Assim, o TCE é uma lesão onde poderá comprometer o funcionamento das estruturas cranianas e os tecidos encefálicos. Por isso, precisa ser bem avaliado para assim identificar a assistência mais adequada, possibilitando precocemente a identificação dos danos a fim de revertê-los (se possível) e visando uma melhor qualidade de vida a estas vítimas. Um fator essencial para uma assistência adequada ao paciente e sua melhor avaliação, é a utilização da Escala de Coma de Glasgow (ECG), a qual permite a classificação do TCE em relação a seu grau de comprometimento. OBJETIVOS: Descrever experiência acadêmica na UTI de um hospital do RN durante estágio curricular de alta complexidade. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de caso acerca de uma experiência vivenciada em um estágio curricular do curso Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte em um hospital de urgência e emergência do RN. RESULTADOS: A.S.S.B., sexo masculino, 28 anos, em estado geral grave após ter sofrido colisão do tipo moto-carro. Chegou ao hospital intubado, descerebrado, com pupilas isocóricas e fotorreagentes, redução do nível de consciência e não responsivo (Glasgow 6). Encontrava-se alcoolizado no momento da colisão e utilizava capacete. Após TC de crânio, obteve-se o diagnóstico de TCE grave, justificando sua internação em caráter emergencial. Foi observado que as principais intervenções de enfermagem para um paciente desse agravo são: avaliação do nível de consciência através da ECG, manutenção de decúbito em 30º, aspiração das VAS, inserção de cânula orofaríngea, monitorização dos SSVV e da PIC, instituição rigorosa do balanço hídrico e preparação para coleta de exames laboratoriais. CONCLUSÃO: Observou-se que o conhecimento das principais intervenções de enfermagem para o paciente com TCE colaboram na melhoria do atendimento de urgência, na prevenção de complicações e, sobretudo na qualidade de vida das vítimas desse agravo. Nesse sentido, destaca-se o papel fundamental do enfermeiro em assistir de forma adequada essas vítimas, elaborar as condutas adequadas e direcionar a sua equipe de forma eficaz.