As drogas tem se tornado algo rotineiro e atinge todos os níveis sociais e faixas etárias, constituindo-se um grave problema de saúde pública, com consequências sociais e pessoais. O uso de substâncias ilícitas inicia-se cada vez mais cedo, principalmente com adolescentes, por ser essa uma fase de várias mudanças na vida e as drogas, por serem proibidas, aumentam a curiosidade e o desejo de experimentar. Desse modo, o objetivo do estudo é discorrer sobre uma ação de educação em saúde para prevenção do uso de drogas em crianças e adolescentes participantes do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI). Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, ancorado no relato de experiência, vivenciado por acadêmicos do 5º. período do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi. Foi realizada uma ação de educação em saúde, no mês de novembro de 2011, para um grupo composto por 30 crianças e adolescentes participantes do PETI/Santa Cruz-RN, cujo tema foi “Adolescência e as Drogas”. A ação fazia parte da programação da disciplina de Estágio Integrado IV: Atenção Básica e Saúde da Família. Durante a ação foram abordados fatores que levariam os jovens a iniciar o consumo de drogas, entre eles estavam à influência dos amigos e os problemas familiares. Sabe-se que a família é um importante agente socializador na vida do indivíduo, e o bem-estar familiar é um aspecto que merece destaque, uma vez que, a qualidade do relacionamento familiar é decisiva diante de várias escolhas. Além disso, foram explicadas as reações físicas provocadas pelas principais drogas da atualidade: maconha, crack, cocaína, loló, cola de sapateiro e mostrado um vídeo com um depoimento de um ex-usuário. Ao final, para efeito de avaliação formativa, foi realizado um jogo de perguntas e respostas sobre o tema em questão. É imprescindível o desenvolvimento de ações de educação em saúde voltadas para a prevenção ao uso de drogas e orientadas para crianças e adolescentes, pois são grupos vulneráveis. Percebe-se, portanto, a importância do enfermeiro como agente educador e ações como essas realizadas ainda durante a vida acadêmica estimulam o vínculo docente-discente-comunidade, permitem uma formação pautada na reflexão, criatividade e crítica e capaz de atender as necessidades sociais da saúde como preconizam as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Enfermagem.