A existência de populações socialmente vulneráveis é uma triste realidade em nosso país, esta não é determinada apenas por aspectos econômicos e afeta diretamente o bem-estar e a saúde dos indivíduos. Um dos maiores desafios na Atenção Primária à Saúde (APS) é identificar as necessidades e desenvolver estratégias de intervenção dentro da nova percepção do processo saúde-doença, especialmente nas famílias mais vulneráveis sob seus cuidados. Este estudo objetiva verificar a importância da APS na promoção da saúde de populações em situações de vulnerabilidade. Metodologicamente, trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa, consubstanciado numa abordagem qualitativa, cujas referências são textos acadêmicos especializados, bem como artigos indexados publicados na Biblioteca Virtual em Saúde e no Scientific Electronic Library Online (SciELO), no período de 2001 a 2010, cujos critérios de inclusão foram: Trabalho Completo, Idioma em Português e acessibilidade. Para análise foi feita a leitura exaustiva dos trabalhos completos para determinação do discurso predominante de cada autor referente à proposta do estudo, esta possibilitou perceber que as desigualdades sociais, a exclusão social e a pobreza, são fenômenos dinâmicos que tornam as populações vulneráveis, os quais não estão restritos apenas ao âmbito socioeconômico. Deve-se considerar a questão cultural, entre outros aspectos relacionados à população vulnerável, para que seja possível perceber as carências do indivíduo integralmente. É necessário considerar que diferentes indivíduos possuem diferentes necessidades na elaboração de estratégias de promoção e recuperação da saúde de indivíduos fragilizados pelas circunstâncias em que, por vezes, a própria sociedade o obriga a viver. Destarte, a APS é em demasia importante à medida que se entende que assistência em saúde vai além da doença. É preciso atender o indivíduo integralmente, tendo-o como membro de uma família, integrante de uma sociedade, mesmo que por vezes, nas situações de vulnerabilidade, marginalizados. Os profissionais de saúde devem ser capazes de compreender as problemáticas vivenciadas pelas populações socialmente vulneráveis, pois essa compreensão fornece subsídios para a criação de estratégias que possam, ao menos, efetivar a estas, um direito básico: acesso às ações e aos serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde, promovidos pelo SUS.