A proposta da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) dá visibilidade às ações da equipe de enfermagem, além de promover a integralidade do cuidado ao paciente. Nos aspectos legais, o enfermeiro é responsável pela SAE e o técnico de enfermagem (TE), por sua vez, tem como atribuições participar da programação da assistência. Na prática o TE colaborara de forma limitada com sua implementação, sendo seu envolvimento na maioria das vezes restrito à realização dos cuidados de enfermagem prescritos. Desta forma, este estudo teve como objetivo realizar uma revisão da literatura sobre a importância do treinamento de técnicos de enfermagem para a utilização da SAE, com base em variáveis. Trata-se de uma revisão de literatura descritiva, exploratória e quantitativa das referências publicadas nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde. As variáveis pesquisadas foram: tipo e local de publicação, ano de publicação, idioma e categorização dos temas. A coleta de dados foi executada no período de março a abril de 2012. Os critérios de inclusão foram todos os periódicos disponíveis nas bases de dados, nacionais e dentro da temática; e os critérios de exclusão foram os periódicos que não estavam disponíveis completos, em outro idioma e que não coerente com o objetivo. Na análise dos dados foram encontrados e utilizados 10(100%) artigos. Dos quais nove (90%) são publicações nacionais, uma (37%) publicação internacional. Do ano de 1995 houve uma (10%) publicação; 2003-2005 houve quatro (40%) de publicações e de 2006-2010 cinco (50%) publicações. Já as categorizações dos temas sete (70%) tinham como objetivo a SAE e técnicos de enfermagem, mas não abordavam a importância do treinamento dos técnicos com a SAE; duas (20%) publicações efetivamente descrevem a importância do treinamento de técnicos de enfermagem para a utilização da SAE, a qual é do ano de 2010 e uma (10%) publicação sugere discretamente na conclusão a importância do treinamento. Ao analisar as informações observa-se a participação do TE ainda é limitada, pois existem lacunas, na sua formação inicial e ao longo da sua trajetória profissional, sobre a concepção da SAE, dificultando seu entendimento e valorização. Os participantes têm dificuldades em vislumbrar a contribuição da SAE na organização das ações de cuidado. Conclui-se que é importante estimular o TE a contribuir e a participar do planejamento das ações, na medida em que, diariamente, observa e avalia as alterações dos pacientes.