O consumo de drogas ilícitas é uma constante que atinge toda a sociedade mundial, de forma direta ou não, e no Brasil isso é perceptível em todas as classes sociais. O uso por universitários é algo que não foge da nossa realidade, e que merece bastante atenção. Objetivou-se caracterizar o conhecimento de universitários sobre drogas ilícitas. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, realizada com acadêmicos de enfermagem de uma Universidade no centro-sul piauiense, a qual teve como amostra 166 estudantes do referido curso. A coleta de dados ocorreu durante os meses de janeiro a junho de 2011. No que diz respeito ao conhecimento dos participantes do estudo, constatou-se que 161 (97%) afirmaram saber o que são drogas ilícitas. Acerca do conhecimento sobre a classificação das drogas como ilícitas, observou-se que 163 (98,2%), 140 (84,3%), 158 (95,2%) dos universitários citaram a maconha, o lança perfume e a cocaína, respectivamente, sendo que o loló (solvente) também foi citado pelo mesmo número de universitários que classificaram o lança perfume como droga ilícita. O álcool e o tabaco foram classificados como drogas lícitas pelo mesmo número de estudantes, 160 (96,4%). De uma forma geral, observou-se que os estudantes questionados souberam classificar as drogas listadas. Quanto aos erros de classificação, pode-se afirmar que o percentual foi pequeno, mesmo assim considera-se de suma importância proporcionar aos acadêmicos informações sobre a prevenção do uso de drogas através da educação em saúde. Espera-se que os acadêmicos de enfermagem conheçam cada vez mais a temática, pois estes serão agentes multiplicadores de informações. Acredita-se que um estudante com conhecimento sobre os malefícios do uso da droga, seja lícita ou não, faz a diferença nos ambientes que frequenta. Ele entende a necessidade de manter-se afastado do consumo dessas substâncias e pode auxiliar a sociedade como um multiplicador de seu saber. As instituições de ensino têm uma participação importante nesse processo de capacitação do jovem e o setor saúde deve reconhecer essa importância e estabelecer parcerias para a promoção da saúde desses jovens.