INTRODUÇÃO: A úlcera venosa (UV) é uma lesão de pele ligada à insuficiência venosa crônica, tendo como características a forma irregular, pode ser superficial, única ou múltipla, geralmente acomete a porção distal do membro inferior, o qual apresenta lipodermatosclerose, hiperpigmentação, dentre outras. Diante disso, o enfermeiro é responsável por prestar um cuidado holístico e conhecer os fatores de risco para o desenvolvimento da úlcera, assim, promover a recuperação, prevenção e promoção da saúde. OBJETIVO: Identificar os fatores de risco presentes em pacientes com UV atendidos em um hospital universitário em Natal-RN. METODOLOGIA: Estudo descritivo com abordagem quantitativa, desenvolvido no ambulatório da clínica cirúrgica do Hospital Universitário Onofre Lopes, em Natal-RN. A amostra compôs-se por 18 pacientes com UV tratados no referido hospital entre os meses de fevereiro e março de 2012. Um roteiro sistematizado de entrevista foi usado para a coleta dos dados. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição sob número de protocolo 608/11 e Certificado de Apresentação para Apreciação Ética 0038.0.294.000-11. RESULTADOS: Os fatores de risco presentes nos pacientes entrevistados são: Hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemias, alergias, distúrbios cardíacos, diabetes mellitus (DM), UV, tabagismo, etilismo, índice de massa corporal (IMC) elevado e gestação. Os pacientes entrevistados apresentam as seguintes comorbidades, 38,9% HAS, 27,8% dislipidemias, 22,2% alergias, 11,1% distúrbios cardíacos e DM e 22,2% referiram outras comorbidades. Em relação aos antecedentes familiares, a HAS e a UV foram relatadas por 44,4% dos entrevistados, diabetes mellitus e distúrbios cardíacos por 33,3% e dislipidemias por 16,7%. Outros antecedentes familiares somaram 33,3%. Ao avaliar os hábitos sociais, constatou-se tabagismo em 11,1% e etilismo em 16,7%. A média do índice de massa corporal foi de 34,19 e, no que se refere às mulheres, a média de gestações foi de 4,42. CONCLUSÃO: A hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus foram os fatores de risco de maior incidência na amostra. Ambos geram dificuldade de circulação sanguínea e consequente falta de oxigenação adequada dos tecidos, aumentando a chance de formação da lesão. Assim, a enfermagem deve intervir de forma ativa junto à população para a prevenção e o controle dessas doenças, já que são patologias crônicas e de grande prevalência.