O câncer de mama é uma doença multifatorial causada pela combinação de fatores de riscos genéticos e ambientais. Objetivou-se analisar os fatores de risco para câncer de mama em usuárias das unidades básicas do Município de Floriano-PI. Estudo descritivo, quantitativo do tipo relato de experiência, realizado nas unidades básicas de saúde, no período de outubro a dezembro de 2011, com as usuárias que procuravam o serviço de saúde, durante as oficinas de capacitação intitulada “Um toque pela vida: ações de promoção da saúde mamária em mulheres do município de Floriano/PI”. Os dados foram coletados através de um questionário aplicados com 80 mulheres. Este instrumento contemplava informações sobre os dados sociodemográficos, os fatores de riscos, hábitos saudáveis de vida e o conhecimento sobre as ações de detecção precoce do câncer de mama. As informações obtidas foram analisadas através do software SPSS (Statical Pacckage for the Social Sciences) versão 15.0 do Windows. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí, sob o número de protocolo: 0214.0.045.000-11, respeitando a resolução 196/96. Os resultados encontrados foram: 27,5% tinham idade > ou = a 59 anos, 63% tiveram a menarca de 11 a 14 anos de idade, 70% não eram menopausadas, quanto ao número de gestação 59% referiram multiparidade, 43% delas tendo a primeira gestação dos 14 a 20 anos, 48% mantiveram o aleitamento por mais de 12 meses, 73% relataram nunca ter feito uso de terapia de reposição hormonal. Em se tratando de hábitos de vida, 41% referiram ingerir frituras, 88% não fumavam, 78% não consumiam bebidas alcoólicas, 61% não ingeriam de mais de 3 xícaras de café por dia, 64% consumiam refrigerantes diariamente, 30% apresentam a média do índice de massa corporal de 20,3. Com relação aos fatores de risco de hereditariedade, 78,8% relataram não terem casos de câncer na família, os que apresentavam 57% eram parentes de 2º grau. Conclui-se com o estudo que a presença dos fatores de proteção para o câncer de mama prevaleceu. No entanto, deve haver uma maior atenção quanto aos hábitos alimentares destas mulheres. Acrescenta-se ainda, a necessidade de mais estudos que tracem o perfil sociodemográfico e os fatores de riscos, para que se possam planejar ações efetivas e eficazes no controle desta neoplasia, enfatizando as áreas da promoção da saúde, proteção específica com o rastreamento e o diagnóstico precoce.