INTRODUÇÃO: A mudança da lógica da formação dos profissionais de saúde é uma exigência frente aos desafios da nova ordem mundial. As escolas de saúde, por conseguinte, ponham-se a pensar sobre os rumos da formação de profissionais no limiar do novo século, diante das mudanças tecnológicas, sociais, econômicas e políticas. Uma universidade particular de Salvador integra um componente curricular dos cursos de saúde com os serviços de Atenção Básica, criando parcerias entre profissionais de saúde e alunos no trabalho junto à comunidade precocemente. Com proposta a reorientação do trabalho pedagógico visando acelerar as transformações teórica e filosoficamente pensadas, dando-lhes concretude e visibilidade prática, aproximando discurso e ação. OBJETIVO: Problematizar a inserção precoce dos discentes na comunidade, com base no ensino crítico-reflexivo na área de saúde. METODOLOGIA: Trate-se de estudo de caso tipo relato de experiência. Elaborado a partir das experiências adquiridas ao decorrer das praticas comunitárias associada à literatura acerca do tema. RESULTADOS: Ao discutir sobre métodos de formação crítico-reflexiva, remete-nos a discussão sobre competência política para transformar a realidade social. Entretanto, é preciso que se tenha consistência do que se quer transformar. Problematizando a inserção precoce, aponta-se para os compromissos éticos e com o usuário que demanda necessidades de saúde. Esse contexto cria espaço propício para que, futuros egressos da área da saúde adentrem ao mercado de trabalho demonstrando habilidades cognitivas, psicomotoras e familiaridade com as questões de fundo social. Ao atuarem nos serviços de saúde da Atenção Básica, os alunos desfrutam de instrumentos teórico-político-epistemológicos, criando condições de problematizar a realidade em que indivíduos, famílias e coletividade vivem, criando instrumentos e habilidades fundamentais para uma leitura do mundo em que estão engajados e no qual podem, potencialmente, intervir no sentido de transformá-lo de forma radical. CONCLUSÃO: A inserção na comunidade se constitui um instrumento de ensino-aprendizagem significativo, na formação de indivíduos críticos, independentes, questionadores, capazes de refletirem sobre suas realidades e, portanto, instrumentalizados para atuar junto as necessidades de saúde dos indivíduos e da coletividade, sendo viabilizadores de transformações sociais.