A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) consiste em uma doença clínica decorrente da infecção pelo vírus da imunodeficiência HIV-1 e HIV-2, que acarreta diversas alterações fisiológicas pelo comprometimento do sistema imunológico. A atuação desse vírus representa uma disfunção no nível dos linfócitos (células de defesa), em que quanto menor for o nível destas células, maior a possibilidade de o indivíduo desenvolver a AIDS, estando vulnerável e susceptível a infecções comuns que leva a morte. A doença vem ganhando proporções cada vez maiores ocasionando grande preocupação entre as autoridades atuantes na área da saúde. Relatar a experiência vivenciada com usuários portadores do vírus HIV/AIDS, assistidos no Hospital Regional Rafael Fernandes, em Mossoró/RN. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa realizado no Hospital Rafael Fernandes, em Mossoró/RN, com dez pacientes soropositivos assistidos na instituição hospitalar, o qual é referência em doenças infectocontagiosas. Para a coleta de dados foi utilizado como instrumento um questionário semi-estruturado com roteiro previamente elaborado. A análise seguem os princípios da análise de conteúdo propostos por Bardin (2009). Foi constatado através do relato dos sujeitos, que houve grande dificuldade na aceitação do diagnóstico e receio de se assumirem enquanto soropositivos, para a sociedade, família e amigos. Na visão de muitos pacientes, o estima preconceituoso alimentado pela sociedade se configura como um empecilho que os limitam a continuar com seus projetos de vida, o que contribui para que se mantenham anônimos perante esta. Contudo, hoje esses pacientes relatam menos dificuldade no convívio com sua condição, se dizem fortes e alimentam grandes projetos de vida para o futuro. O estudo comprova que, para o paciente, a soropositividade simbolicamente representa a imagem de uma força invisível, destruidora e avassaladora, que traz consigo caos, desordem e o colapso do segmento social, afetivo e moral. O estudo evidencia ainda a notória necessidade de se desvencilhar de antigos paradigmas arraigados que de certa forma apresentam-se como um entrave no tratamento desses pacientes e consequentemente nos seus projetos de vida para o futuro.