A saúde mental é um direito fundamental do cidadão, previsto na Constituição Federal para assegurar a integridade psíquica e desenvolvimento intelectual e emocional. Existem instituições como o Centro de Atenção Psicossocial, que acolhem os pacientes com transtornos mentais, estimulando sua integração social e familiar, apoiando-os em suas iniciativas de busca da autonomia, oferecendo-lhes atendimento de enfermagem, médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, atendentes e técnicos. Este estudo teve como objetivo relatar a experiência referente às aulas práticas de saúde mental das discentes e docente do curso de enfermagem da Universidade Federal do Amazonas, no período de 23 a 27 de Abril de 2012. Foram realizadas oficinas terapêuticas com os seguintes temas: alimentação saudável, atividades físicas, higiene bucal e pediculose, como estratégia que propiciou a construção de conhecimentos de forma participativa, questionadora e, sobretudo baseada na realidade de situações e histórias de vida. O plano de ação se deu através de dinâmicas, painéis, músicas, brincadeiras, pinturas, dentre outros. Foi percebido que no início das aulas práticas ocorreu certos questionamentos de apreensão e dúvidas em relação ao ambiente novo em que se encontrava, entretanto no decorrer das oficinas se obteve uma construção coletiva, prazerosa e de grande relevância para todos, pois a docente e as discentes passaram a identificar suas fragilidades de atuação e a partir daí começaram a compreender a necessidade da fusão do conhecimento científico com o empírico, como agentes da transformação social, para detectar os problemas reais e buscar soluções originais e criativas. Verificou-se que os clientes que participaram das oficinas e de toda a programação realizada obtiveram grande satisfação, reintegração social e familiar e melhoria na qualidade de vida. Portanto, observou-se a grande importância de transmitir informações referentes à saúde, a integralidade, equidade e interação entre os profissionais e clientes, o que torna relevante traçar um plano de cuidados individualizados onde se deve promover o bem-estar de todos de maneira humanizada e digna, sem preconceitos de origem, sexo, cor, idade, raça e quaisquer outras formas de discriminação.