INTRODUÇÃO: A fase terminal é considerada o momento em que se esgotam as possibilidades de resgate das condições de saúde do paciente, que se encontra em um estado irrecuperável e caminha para o fim da vida, sem alternativas para reverter este percurso. Assim, surgem vários questionamentos no campo terapêutico, principalmente no que diz respeito aos aspectos éticos voltados ao controle da dor, angústia e temor, assim como, uma assistência a esfera psicoemocional e espiritual, uma vez que o cuidado, nesta fase, não tem ênfase no processo de cura. OBJETIVO: Dissertar sobre os princípios éticos a serem seguidos pelos enfermeiros na assistência ao paciente terminal. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada no mês de maio de 2012, a partir de pesquisas na Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os seguintes descritores: Doente Terminal, Morte, Ética, Cuidados de Enfermagem. RESULTADOS: Quando o paciente se encontra em um estágio terminal, no qual a cura não é algo possível, os objetivos do tratamento concentram-se no princípio da não maleficência, ou seja, busca-se adotar medidas que proporcionem, o alívio do sofrimento em primeira instância. Nesta assistência é de fundamental importância que haja entre o profissional de enfermagem e o paciente, uma relação norteada por princípios éticos, em que se deve assegurar verdade sobre a condição do doente, e o respeito à autonomia da pessoa, bem como, ao processo de tomada de decisão. Na ética, a autonomia em relação ao paciente não significa recorrer tão somente a sua autodeterminação, mas ajudar essa pessoa ir ao limite de si mesma, ajudando-a a descobrir e a escolher o que está de acordo com o sentido do respeito da dignidade humana. O dilema ético de como cuidar de quem se encontra na iminência da morte exige do enfermeiro muito mais do que conhecimentos acerca da doença. Envolve uma espécie de consciência que só pode ser desenvolvida quando sentimos a essência, e a individualidade do paciente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dessa forma, é preciso que os profissionais de enfermagem trabalhem as dificuldades e os conflitos éticos diante do cuidado ao doente terminal, a fim de que as tomadas de decisões não sejam isoladas, e busquem se pautar em conhecimentos e consensos em prol da melhoria da qualidade da assistência ao paciente em fase terminal.