Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
O TURNO DE TRABALHO COMO FONTE DE ESTRESSE OCUPACIONAL EM ENFERMEIROS
Relatoria:
LIVIA FERNANDA GUIMARAES NOVAES
Autores:
- Taciana Mirella Batista dos Santos
- Iracema da Silva Frazão
- Aurora Tatiana Soares da Rocha
- Nayara Francisca Cabral Souza
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Monografia
Resumo:
INTRODUÇÃO: As primeiras referências à palavra "stress" significando "aflição" e "adversidade" datam do século XIV, mas seu uso era esporádico e não-sistemático. No século XVII, o vocábulo, que tem origem no latim "stringere", passou a ser usado em inglês para designar “opressão, desconforto e adversidade.” METODOLOGIA: Esta pesquisa foi um estudo de caráter exploratório, descritivo e comparativo, de natureza quantitativa, realizada no Hospital da Clinicas de Pernambuco, Recife. A população do estudo foi formada por 48 enfermeiros que atuavam em setores abertos e fechados. Os dados coletados foram digitados em uma planilha do programa estatístico Epi-Info 2004 versão 3.2. Para os demais cálculos, utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Sciences para Windows. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Pernambuco, protocolo nº 069/2008. RESULTADOS: A amostra foi composta por 93,2% de mulheres e 6,82% do sexo masculino. Os enfermeiros do setor aberto apresentaram percebem maior fonte de estresse em relação ao conflito de funções, seguidos da sobrecarga de trabalho. Enquanto que para os enfermeiros do setor fechado as principais fontes de estresse foram o de gerenciamento de pessoal seguido da sobrecarga de trabalho. Em ambos os grupos o relacionamento interpessoal obteve o menor escore de fonte de estresse. Os enfermeiros do setor aberto mostraram que o conflito de funções e gerenciamento de pessoal, não são os fatores responsáveis pelo estresse desse grupo. Além disso, quem trabalha à tarde no setor aberto mostrou-se menos estressado em relação aos do setor aberto.CONCLUSÕES: O estresse na atividade do enfermeiro está relacionado a diversas variáveis e ao próprio indivíduo, porém, consideramos que não é fácil identificar onde se encontra o nó crítico, se extrínseca ou intrinsecamente. Verificamos que embora os enfermeiros de unidades abertas apresentem maior escore de estresse em relação aos de unidades fechadas, não houve grande disparidade de resultados. Finalmente, entendemos que o estresse não está condicionado ao setor de trabalho, e sim às condições que são dadas a esse trabalho. Com esta constatação há constatação há necessidade de discutir as condições de trabalho do enfermeiro, independente de sua área atuação, pois o sucesso da prestação da assistência ao paciente e família se faz com profissionais que estejam preparados globalmente.