O Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil (PETI), proposto pelo Governo Federal, tem como pressuposto oferecer atividades complementares a escola para crianças e adolescentes (Jornada Ampliada) de 7 a 14 anos, com o intuito de erradicar o trabalho infantil nos municípios brasileiros. Santa Cruz, situada no estado do Rio Grande do Norte, sede do campus da UFRN/FACISA, vem desenvolvendo ações junto a este programa. Desta forma, a fim de reforçar a articulação ensino-serviço-comunidade e a oportunidade ímpar de contribuir para a formação de um enfermeiro crítico, reflexivo e questionador que compreenda as necessidades sociais da saúde foi desenvolvido um projeto de extensão com crianças e adolescentes do PETI- Santa Cruz com os objetivos de discutir assuntos pertinentes ao momento de vida desses jovens, como gravidez na adolescência e doenças sexualmente transmissíveis. Assim, o objetivo do estudo é discorrer sobre uma ação sócio-educativa desenvolvida com o público mencionado. Trata-se de um relato de experiência, vivenciado por acadêmicos do 5º período do Curso de Graduação em Enfermagem, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi, durante o Estágio Integrado IV: Atenção Básica e Saúde da Família, realizado no período de novembro 2011. Foram realizadas rodas de conversas, dinâmicas e utilizados recursos áudio visuais para subsidiar a discussão acerca da gravidez na adolescência- transformações corporais no menino e na menina, como a menina fica grávida, como evitar a gravidez, dificuldades da gravidez nesse momento da vida, e as doenças sexualmente transmissíveis, as mais comuns, sinais e sintomas, o que fazer quando algo diferente aparecer no corpo, como evitá-las. E para finalizar as rodas, como forma de fazer uma avaliação formativa sobre os temas abordados, eram realizados jogos educativos. Percebeu-se que os participantes sabiam quais eram os métodos contraceptivos, porém, desconheciam o uso correto da maioria. E a gravidez na adolescência foi associada a uma baixa auto-estima da menina e a um funcionamento familiar inadequado. Desta feita, cabe aos enfermeiros e aos futuros profissionais alertar as crianças e os adolescentes sobre os riscos vivenciados por essa clientela e apoiá-los.