Introdução: o problema da violência é considerado como um dos fenômenos de maior impacto negativo na sociedade mundial. A violência sexual infantojuvenil tem sido expressa de forma perversa e evidenciada pela desigualdade social e de gênero. Objetivos: descrever os meios de comunicação e os canais de informação sobre violência sexual infantojuvenil utilizados por alunos de uma universidade pública e as formas de abordagem desta temática no meio acadêmico. Metodologia: estudo descritivo, exploratório e de natureza epidemiológica, realizado de janeiro a dezembro de 2011. A população foi constituída por 946 alunos ingressantes de 23 cursos de graduação de uma universidade pública localizada em Minas Gerais. Utilizou-se um questionário estruturado, autoexplicativo com informações a respeito dos tipos de violência sexual infantojuvenil. Os dados foram coletados de janeiro a dezembro de 2011. Construiu-se um banco de dados no software Excel com posterior transposição para o operador SPSS versão 17.0. Resultados: para obtenção de informações, a internet foi apontada como principal meio de comunicação (71,7%) e em relação a violência sexual infantojuvenil, a mais citada foi a televisão. Este resultado pode estar relacionado ao fato de que através da internet, a busca da informação geralmente é direcionada, conduzindo com muita facilidade ao ponto desejado, diferentemente da televisão, que traz uma programação diária, sendo necessário assistir um determinado programa para conseguir ver uma notícia ou atração. Os entrevistados reconhecem a importância da temática violência sexual infantojuvenil no meio acadêmico, e as principais áreas de interesse foram desenvolvimento psicossocial, conceitos de abuso, exploração, tráfico e outros, o que evidencia a carência de informações a respeito do assunto. As abordagens de maior interesse para a discussão do tema foram o estudo de caso e exibição de filme com debate. A utilização de determinadas metodologias facilitam a compreensão do tema e favorecem a participação dos alunos, que partilham como atores que podem expressar opiniões ou até mesmo relatar experiências vivenciadas. Considerações finais: o conhecimento de preferências e hábitos para obtenção de informações possibilitam o planejamento de ações direcionadas a formação de profissionais mais capacitados a combater, atender ou acompanhar casos de violência sexual infantojuvenil.