A equipe de enfermagem está constantemente exposta a riscos ocupacionais, seja devido ao estresse advindo de tarefas que exigem grande sobrecarga de responsabilidade, agregado ao teor burocrático da profissão, além da necessidade de constante estado de alerta. O enfermeiro, responsável por executar tarefas essenciais à promoção, prevenção e recuperação da saúde do indivíduo, muitas vezes acaba sobrecarregado de atividades, que podem se manifestar por meio de reações emocionais, o que pode ocorrer especialmente em unidades fechadas como a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Nesse contexto, destaca-se a Síndrome de Burnout, que é caracterizada como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto, excessivo e estressante com o trabalho. Nesse contexto, a Síndrome de Burnout também conhecida como Síndrome do esgotamento profissional é considerada pela Lei nº 3048/99 da Previdência Social como uma doença do trabalho. O termo burn significa queima e out significa exterior sugerindo que a pessoa acometida com esta síndrome se consome física e emocionalmente, passando a apresentar um comportamento agressivo. Diante disto, objetivou-se avaliar as produções atuais acerca da ocorrência da Síndrome de Burnout em profissionais atuantes em UTI. Optou-se por uma revisão de literatura realizada nas bases de dados científicas disponibilizadas pelo BIREME (SciELO Brasil, MEDLINE, LILACS) no período de janeiro de 2012, utilizando os seguintes descritores: Burnout e Unidade de Terapia Intensiva. Os artigos selecionados foram lidos e utilizou-se como critério de inclusão: artigos que apresentavam especificidade com o tema do estudo, aqueles que estivessem eletronicamente disponíveis e publicados no idioma português, onde foram encontrados num total de 10 artigos, os quais foram compilados como: tipo de estudo, principais objetivos, resultados, limitações e sugestões dos autores. Em seguida foram organizados em tabelas e expressos de forma descritiva. Observou-se predominância de estudos voltados para profissionais de enfermagem e constatou-se que o trabalho em UTI pode levar ao desenvolvimento de altos níveis de estresse, inclusive o Burnout. Conclui-se então que os profissionais atuantes em Unidades de Terapia Intensiva são mais expostos ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout e que foram encontrados poucos estudos acerca do tema o que denota a necessidade do desenvolvimento de mais estudos.