INTRODUÇÂO: Os acidentes denominados como causas externas, têm causado aumento constante de mortalidade, atendimentos e de internações no Brasil, resultando em alta demanda aos serviços de saúde, em sofrimento para as vítimas e seus familiares, além de elevados custos diretos e indiretos e de seqüelas. OBJETIVO: O estudo tem como objetivo identificar as principais causas de mortalidade numa população entre 10 e 19 anos de idade. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e documental. As informações foram coletadas através do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) referentes ao ano de 2011. Os municípios pesquisados foram 36 que são gerenciados pela VI Unidade Regional de Saúde Pública, sediado em Pau dos ferros RN, cidade localizada no interior do Estado do Rio Grande do Norte. O período da coleta foi em Fevereiro de 2012. RESULTADOS: Segundo os dados do estudo, o ano pesquisado teve 1.367 notificações de óbitos, destes 35 (15%) dos óbitos encontram-se na faixa etária entre 10 a 19 anos de idade. Quanto às causas da mortalidade segundo a CID-10, há uma representatividade maior em relação às causas externas com 14 (67%) óbitos. O estudo mostra que dentro das causas externas destaca-se o acidente de transporte com 8 óbitos (57%), em seguida as agressões com 3 (21,5%) e afogamento, lesões autoprovocadas voluntariamente e quedas com 3 (21,5%). Quanto as outras causas de óbitos nessa faixa etária 7 (33%) são por neoplasia, doenças do aparelho respiratório, nervoso, urinário,infecciosas. CONCLUSÃO. Diante dos dados expostos identificamos uma realidade que não está à margem dos dados mostrados pelas regiões brasileiras, um significativo percentual de jovens que estão sendo vitimas de violência, e que suas vidas estão sendo ceifadas pelos atrativos que lhes são oferecidos como o álcool, as drogas e alta velocidade automobilística. Assim, conhecer o perfil de mortalidade por causas externas possibilita, aos planejadores e executores de políticas públicas, definirem em bases concretas as ações que deveriam ser prioritárias, a fim de contemplar a prevenção e a atenção às vítimas dessas causas.