Na atualidade, o crescente aumento da população idosa é consideravelmente um fenômeno universal. A expectativa de vida cada vez mais alta tem motivado o interesse por estudos do envelhecimento, que associados à qualidade de vida dos idosos visam à melhoria do bem-estar na terceira idade. Nesse sentido objetivou-se identificar e analisar o conhecimento de idosos atendidos na Estratégia Saúde da Família (ESF) sobre qualidade de vida. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo de abordagem qualitativa, realizado com quinze idosos atendidos na Unidade Básica de Saúde Cecy Fortes, em Teresina (PI). A técnica utilizada para a coleta de dados foi a entrevista guiada por um roteiro semiestruturado. A pesquisa foi submetida à aprovação da Fundação Municipal de Saúde de Teresina e da Comissão de Ética do CEUT, sendo respeitados os princípios da resolução 196/96 do CNS. Os resultados foram agrupados em três categorias temáticas: entendimento dos idosos sobre qualidade de vida; fatores necessários para que o idoso tenha qualidade de vida; fatores que influenciam a qualidade de vida dos idosos. Estes sugerem que na percepção subjetiva dos idosos da pesquisa, uma vida saudável, com renda estável, autonomia, capacidade funcional, comportamentos saudáveis em relação aos cuidados com a saúde, um bom relacionamento sócio familiar e a participação em uma rede de suporte social como o da ESF ou grupos de convivência de idosos, são determinantes para o bem-estar e qualidade de vida na terceira idade. Portanto sugere-se que desenvolvam reflexões acerca da atenção dirigida a idosos atendidos na ESF voltadas não para enfoque da doença, mas sim na perspectiva de promoção da saúde, onde os idosos e futuros idosos seriam auxiliados a viver esta etapa da vida de forma a garantir o seu bem estar e um envelhecimento ativo.