Introdução: a violência é um problema de grande repercussão em todos os setores da sociedade. No setor da saúde a violência ocupacional é banalizado pelos profissionais da área e apresenta-se como um fenômeno generalizado em todo o mundo. Apesar de a agressão física ser de fácil identificação e a agressão verbal a mais comum, dentre as múltiplas formas de violência que ocorrem nos serviços de saúde, o assédio moral tem se destacado por sua frequência expressiva, suas consequências e pela sutileza como se manifesta, o tipo que mais afeta a Enfermagem no exercício profissional. Objetivos: conhecer as consequências do assédio moral para equipe médica e de Enfermagem em um serviço de urgência hospitalar, em Natal/RN. Metodologia: trata-se de um estudo exploratório descritivo, com abordagem quantitativa, desenvolvido no pronto atendimento de um hospital de grande porte. Foi aprovado pelo do Comitê de Ética, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Parecer nº 052/2009. A amostra constou de 124 médicos, 26 enfermeiros e 95 auxiliares/técnicos de Enfermagem. Resultados: do total de profissionais, 59 (24,08%) afirmaram ter sido vítimas de assédio moral nos últimos 12 meses de trabalho, sendo 24 (19,36%) médicos, 08 (30,77%) enfermeiros e 27 (28,42%) auxiliares/técnicos de Enfermagem. Como principais conseqüências, 32 (54,24%) profissionais apontaram o estresse, 24 (40,68%) a tristeza, 17 (28,81%) sentimento de baixa na autoestima e16 (27,12) a ansiedade . Ainda no que se refere as consequências, dentre as vítimas 08 (13,55%) tiveram que se afastar do trabalho sendo contabilizado ao todo, 30 dias de absenteísmo. Conclusão: com essa pesquisa, confirma-se, em nosso contexto que o assédio moral é uma forma de violência ocupacional presente no dia-a-dia dos profissionais de saúde, sendo a equipe de Enfermagem a maior vítima. Por conseguinte, esses achados trazem à tona necessidades no enfrentamento dessa questão, a fim de minimizar o impacto do assédio moral no ambiente de trabalho: maior sensibilização de toda população, em especial dos profissionais da saúde; inserção da temática no currículo dos cursos da área, e em programas de educação permanente nos serviços; e desenvolvimento de políticas institucionais que visem o combate do assédio moral, e o apoio às vítimas.