INTRODUÇÃO: A prostatectomia consiste na remoção parcial ou total da próstata. Durante o pós-operatório, emerge a dificuldade de autocuidar-se dessa clientela, atenuando para a necessidade de um cuidado de enfermagem sistematizado e direcionado. Assim, o enfermeiro como um dos principais responsáveis pelas atividades de autocuidado do paciente quando o mesmo se acha incapacitado ou limitado para o prover de forma contínua e eficaz, deverá adotar uma metodologia assistencial, sendo esta o processo de enfermagem, o qual possibilita identificar, compreender e predizer as necessidades humanas diante se seu estado de saúde, sendo uma de suas fases o Diagnóstico de Enfermagem. OBJETIVO: Identificar os diagnósticos do domínio atividade e repouso, pertencentes a classe do autocuidado da Taxonomia-II dos Diagnósticos de Enfermagem pela North American Nursing Diagnosis Association (NANDA-I) para a clientela prostatectomizada. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantitativa, do tipo transversal de abordagem descritiva. A pesquisa foi realizada na clínica cirúrgica de um Hospital Universitário localizado na cidade de Natal-RN, Brasil, com uma amostra de 50 indivíduos em pós-operatório imediato de prostatectomia. A coleta de dados deu-se através de um roteiro de anamnese e exame físico. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), recebendo o protocolo nº 130/10 CEP/UFRN e o Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) nº 0147.0.051.000-10. RESULTADOS: Foram encontrados os diagnósticos de enfermagem da NANDA-I: Déficit no autocuidado para vestir-se; Déficit no autocuidado para higiene íntima; e Déficit no autocuidado para banho em 100% dos pacientes entrevistados. Os achados sugerem a condição pós-operatória de prostatectomia desses pacientes, os quais geralmente utilizam diversos dispositivos hospitalares, como suporte de soro, acesso venoso, sonda vesical, bolsa coletora de urina e drenos, além da presença da própria incisão cirúrgica, o que dificulta a realização do autocuidado. CONCLUSÃO: Dessa forma, fica evidente o papel da enfermagem no auxílio e promoção do autocuidado dos pacientes durante todo o período pós-operatório, frente as dificuldades clientela. Assim, conhecendo suas principais dificuldades de autocuidado, como vestir-se, realizar higiene íntima e banho, é possível desenvolver um cuidado de enfermagem direcionado e eficáz para o período pós-operatório citado.