Intodução: Com uma incidência de 500 mil casos/ano e morte de 230 mil mulheres no mundo o câncer do colo uterino é o segundo tumor maligno mais encontrado nas mulheres brasileiras, sendo considerado mundialmente um grave problema de saúde pública. O exame preventivo é um método eficiente no rastreamento desta patologia tendo repercutido em significativa redução da morbimortalidade, porém a adesão a este exame ainda é um desafio. Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar os fatores relacionados à adesão ao exame papanicolau em mulheres maiores de 18 anos de uma cidade do interior de Mato Grosso do Sul. Metodologia: A pesquisa realizou-se na Associação de Proteção e Assistência as Mães e Crianças Jateíenses, no município de Jateí-MS, os sujeitos compreenderam 100 mulheres maiores de 18 anos que consultaram no hospital. Trata-se de uma pesquisa quanti/qualitativa descritiva, com análise dos dados através de cálculo simples de porcentagem e técnica do discurso do sujeito coletivo. Resultados: Das 100 mulheres entrevistadas 87% realizaram o preventivo alguma vez na vida e 13% nunca realizou. Quanto o intervalo de tempo entre a realização do exame obteve-se 21% de 0 a 6 meses, 50% de 7 a 12 meses, 9% de 13 a 24 meses, 7% mais que 25 meses e 13% nunca realizaram. Em relação a essas mulheres que nunca realizaram o exame, prevaleceu à faixa etária de 19 a 29 anos, situação conjugal solteira e escolaridade de 5 a 8 anos, mostrando assim que o exame é menos aderido por mulheres mais jovens, com pouca escolaridade e sem companheiros. Entre os fatores relacionados à adesão destacam-se as idéias centrais: Sentimentos de vergonha e insegurança; Profissional conhecido; Auto cuidado relacionado à prevenção; Auto avaliação física. Conclusão: O estudo revelou que existem mulheres numa proporção significativa que não adere ao exame preventivo, conclui-se assim que os profissionais de saúde devem minimizar ao máximo os sentimentos negativos relacionados ao exame, atuar como um facilitador do acesso das mulheres ao papanicolau, passando confiança, respeitando os direitos, intimidades e privacidade, pois o exame depende da relação profissional-cliente. Desta forma, para que se diminua a mortalidade dessas mulheres e melhore a adesão, devem-se priorizar campanhas de esclarecimento e prevenção acerca desse câncer, pois se diagnosticado precocemente terá um melhor prognóstico.