Anais - 15º CBCENF
Resumo
Título:
MULHER E OS CUIDADOS QUE ELA REQUER: FATORES ASSOCIADOS À NÃO REALIZAÇÃO DO EXAME DE PAPANICOLAU
Relatoria:
IZAAC BATISTA DE LIMA
Autores:
- Daísy Vieira de Araújo
- Adailton josé Mendes de Azevêdo
- Gutembergue Lucena de Azevedo
- Josenilton Diniz Batista de Araújo
Modalidade:
Pôster
Área:
Determinantes de vida e trabalho
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
No Brasil existem cerca de seis milhões de mulheres, entre 35 a 49 anos, que nunca realizaram o exame de Papanicolau, faixa etária onde mais ocorrem casos positivos de câncer do colo do útero. A Organização Mundial de Saúde estima que esse câncer atinge, anualmente, pelo menos, 9 milhões de mulheres e cerca de 5 milhões morrem em decorrência da doença. A detecção precoce do câncer do colo do útero, por meio do exame de Papanicolau, permite descobrir lesões precursoras e da doença em estágios iniciais, antes mesmo do aparecimento dos sintomas. Dessa forma, o objetivo do estudo é discorrer acerca dos fatores que dificultam as mulheres a não realizarem o exame de Papanicolau. Trata-se de um estudo de caráter descritivo, de natureza exploratória, realizado por meio de uma revisão sistemática da literatura. Foram encontrados 32 artigos coletados nas bases de dados: SCIELO, MEDLINE e LILACS, com abrangência temporal dos estudos definido entre os anos de 2006 a 2011 e utilização dos seguintes descritores: Saúde da Mulher, Esfregaço Vaginal e Colo do Útero. A condição socioeconômica tem sido apontada como um dos fatores mais importantes a influenciar o comportamento preventivo feminino. A falta de conhecimento sobre a importância de realizar o exame de Papanicolau, o tipo de acolhimento recebido pelas mulheres nos serviços de saúde, vergonha, dificuldades financeiras, de transporte e de com quem deixar os filhos para fazer a consulta são alguns dos fatores que estão associados a não realização do exame preventivo do câncer de colo do útero. E a população feminina mais atingida são as mulheres de cor parda ou preta, com idade inferior a 20 anos, renda familiar e escolaridade baixas, sem companheiros e cujo primeiro parto foi com 25 anos de idade ou mais. Nesse sentido, é de fundamental importância que a mulher tenha sua saúde assistida e garantida durante toda sua vida. Portanto, aos gestores cabe repensar as políticas voltadas à saúde da mulher e assim desenvolver estratégias para minimizar os agravos e reduzir os riscos e aos profissionais de saúde, particularmente o enfermeiro, compete, também, desenvolver ações educativas para prevenção do câncer de colo do útero e considerar as crenças e os valores da mulher, para sua sensibilização e consequente prática rotineira do exame de Papanicolau. Este direcionamento visa reduzir a vergonha, o medo e a tensão dessa clientela, não só na realização da coleta do material, mas também na consulta de retorno.