A adolescência alberga um período da vida complexo e bastante conflitante, marcado não só pela aquisição da imagem corporal definitiva como também a estruturação da sexualidade, que gera uma resistência à procura de assistência por parte destes. O adolescente que procura a unidade de saúde está em busca de um profissional que possa ouvir suas demandas, livre de qualquer julgamento ou preconceito. A utilização de tecnologias relacionais pelo enfermeiro se põe como uma alternativa na captação desses jovens para uma abordagem direcionada a educação em saúde sexual. Objetivou-se identificar as tecnologias em saúde utilizadas pelo enfermeiro no processo de educação sexual dos adolescentes. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo exploratório, realizada durante o mês de janeiro de 2012, a partir de uma busca de artigos e periódicos disponíveis nos bancos de indexação LILACS e SCIELO. Foram utilizadas as palavras-chave: Enfermagem; Saúde Sexual; Adolescentes, e por critérios de seleção dos artigos: data de publicação (2005 a 2011), título do periódico e textos completos, selecionando dessa forma 15 artigos. O trabalho em saúde fortemente influenciado e comandado pelas relações entre sujeitos, baseado nos modelos técnico-cientifico. O enfermeiro deve seguir a produção do cuidado aos adolescentes a partir das tecnologias leves relacionados com o acolhimento, o vínculo, a autonomização, a gestão como forma de orientar processos de educação sexual. Na agenda para a promoção da saúde do adolescente, os aspectos que concernem à sua saúde sexual e reprodutiva têm adquirido novas dimensões no campo da saúde coletiva. Nessa perspectiva, os adolescentes devem ser acolhidos, orientados, compreendidos em suas necessidades, pois assim se sentirão confiantes de que estão seguros e bem amparados. A necessidade da existência de serviços de saúde de qualidade tem sido colocada como um desafio para o alcance de melhores condições de vida e de saúde dos adolescentes e jovens brasileiros, o que também significa compreender a importância das dimensões econômica, social e cultural que permeiam a vida desses grupos. Desse modo, todo o processo assistencial prestado durante a educação sexual deve ser baseado nas tecnologias em saúde, principalmente as leves, sendo o adolescente o pólo central da assistência de enfermagem cujo foco é a promoção da saúde destes indivíduos, de modo integral, individual e universal.