Os índices de gravidez na adolescência se elevam anualmente tornando-se um problema de saúde pública. A gestação precoce pode desencadear uma série de fatores negativos, porém se for percebida como uma fase especial que necessita de cuidados minuciosos no âmbito alimentício, os problemas podem ser minimizados. A nutrição adequada é imprescindível para a manutenção das funções vitais do organismo, assim como, a formação do binômio materno/fetal, em virtude de que ambos requerem um valor energético elevado. Considerando que a alimentação saudável é fundamental na gravidez, este estudo tem o objetivo de analisar os hábitos alimentares das adolescentes grávidas atendidas nas Unidades de Saúde da Família (USF) do município de Cajazeiras/PB. Consiste em uma pesquisa de campo, de caráter descritivo exploratório e abordagem quanti-qualitativa, cujo campo compreendeu oito USFs do referido município. A coleta de dados foi realizada no mês de dezembro de 2010, através de um questionário semi-estruturado aplicado a 24 gestantes adolescentes cadastradas nas referidas USFs. Os dados foram analisados mediante uma abordagem quanti-qualitativa, sendo apresentados através de tabelas e gráficos e discutindo à luz da literatura pertinente. O referido projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade Santa Maria/PB, sob o número de protocolo: 0520408. Os resultados evidenciam que a maioria das gestantes encontra-se em valor nutricional abaixo do normal. Essa carência nutricional pode ser atribuída à renda familiar mínima e ao grande número de moradores por residência, fatos que dificultam uma dieta equilibrada, variada e moderada. Observou-se que o consumo diário das adolescentes grávidas entrevistadas não é totalmente satisfatório, haja vista, na sua ingestão diária não haver a quantidade essencial de nutrientes. Conclui-se que, as gestantes adolescentes em acompanhamento de pré-natal nas USFs do município de Cajazeiras-PB apresentam um quadro nutricional relativamente baixo, o que deve ser atribuído a condição socioeconômica baixa, ao número de moradores elevado em algumas residências e às precárias condições de moradia. Estes fatores influenciam negativamente o consumo alimentar resultando em gestantes com estado nutricional abaixo do normal, que não conseguem, em alguns casos, suprir suas próprias necessidades maternas, muito menos às necessidades fetais, favorecendo o nascimento de crianças de baixo peso.