O câncer de mama considerado é um grave problema de saúde pública, devido ao incremento dos casos diagnosticados em estágios avançados, evidenciando as dificuldades do rastreamento na fase inicial da doença, contribuindo de forma significativa para o aumento da morbimortalidade por este tipo de neoplasia. Objetivou-se avaliar o conhecimento e identificar as práticas da realização do exame clínico das mamas (ECM) e mamografia em mulheres do município de Floriano PI. Trata-se de um estudo descritivo-exploratório, com abordagem quantitativa, realizado nos meses de outubro a dezembro de 2011, durante oficinas de ações educativas em saúde mamária para mulheres de Floriano/PI. Participaram do estudo, 80 mulheres residentes no município, atendidas nas Unidades Básicas de Saúde onde aconteciam as oficinas. A coleta foi realizada mediante questionário que contemplava os dados sociodemográficos, as práticas e o nível de conhecimento sobre o rastreamento mamário. Ressalta-se que o projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí, atendendo a Resolução 196/96, sob o número de protocolo: 0214.0.045.000-11 e financiado pelo Edital n.05/2010 do MEC SESu. Observou-se que 35% das mulheres, afirmaram ter nível de conhecimento sobre algum fator que pudesse desencadear o câncer de mama, dessas, a maioria apontaram a alimentação inadequada e o tabagismo como fatores de risco. No entanto, 65% referiram não possuir conhecimento sobre os fatores de risco. No que se refere às estratégias de rastreamento do câncer de mama, percebeu-se que 77,5% das mulheres participantes informaram que durante as consultas de prevenção ginecológica, as enfermeiras não realizavam ECM regularmente. Apenas 23,7% das usuárias já haviam sido submetidas a exames mamográficos e a metade dessas, não soube informar a frequência e a data da última realização. Conclui-se que a maioria das mulheres participantes, apesar de saberem sobre o câncer de mama e temê-lo, desconhecem os fatores de risco e as circunstâncias do estilo de vida que às predispõem a essa doença. Constatou-se ainda, que grande quantidade dos enfermeiros que deveriam intervir e realizar o ECM durante sua prática diária, não estão executando este exame preconizado pelas políticas de rastreamento do câncer de mama conforme evidenciado pelas mulheres. Existe a necessidade de atualizar e melhorar a competência técnica dos enfermeiros para os diversificados problemas do processo de saúde doença da população.