Dentro do cenário das políticas de saúde, o agente comunitário de saúde (ACS) atua como o reorganizador da atenção básica, realizando atividades de promoção de saúde e prevenção de agravos, por meio de ações educativas e de acompanhamento a indivíduos, famílias e grupos, mobilizando práticas de promoção da vida em coletividade e de desenvolvimento de interações sociais. Este trabalho tem como objetivo analisar as ações dos Agentes Comunitários de Saúde sob a ótica dos usuários dos serviços de saúde. Caracteriza-se como uma pesquisa do tipo quantitativa, que teve início após a aprovação do Comitê de Ética da Faculdade Novafapi, na cidade de Teresina-PI. O estudo foi realizado no bairro Vila Viana no município de Grajaú-MA, tendo como amostra 53 famílias, selecionados aleatoriamente a partir da ficha A (cadastramento das famílias). Os dados foram coletados através de uma entrevista aplicando-se um questionário com perguntas fechadas. Observou-se que a maioria dos entrevistados tem idade entre 18-40 anos, com predomínio do sexo feminino e com grau de escolaridade do ensino médio completo. Quanto às questões respondidas pelos usuários, (51%) afirmaram não conhecer as atribuições dos ACS’s. Sobre estas atribuições, (41%) disseram receber visita do mesmo uma vez por mês, (66%) asseguraram que o mesmo não realiza a atualização do cadastro da família, (62%) responderam que o agente não realiza atividade educativa. Sobre as atividades educativas, (50%) disseram serem assuntos referentes à hipertensão. Em relação ao direcionamento à utilização dos serviços disponíveis no posto de saúde, (85%) dos entrevistados afirmaram não receber essa orientação. Sobre perguntas voltadas à promoção da saúde, (62%) dos pesquisados afirmaram que o agente não promove a imunização de rotina às crianças e gestantes, (80%) responderam não receber orientações sobre prevenção de doenças endêmicas. Voltando para as questões do grau de satisfação da comunidade, (30%) disseram ser ruim a assistência do agente, onde (54%) afirmaram que para o agente realizar uma assistência de boa qualidade ele deve ter mais compromisso com suas atividades. Em virtude disso, deve-se buscar um constante movimento de capacitações para garantir aos ACS’s, educação permanente para que desenvolvam plenamente suas capacidades, estimulando-os a realizar um trabalho comunitário, participativo, reflexivo e transformador.